Paris
– Uma rotina de treinos pode garantir o entrosamento da equipe brasileira e a passagem rápida e segura do bastão no revezamento 4×100 metros do Mundial de Atletismo, que terá eliminatórias no sábado, em Paris. O grupo, que está reunido desde a última quinta-feira, já foi definido pelo técnico Jayme Neto Júnior. Terá, pela ordem de corrida, Vicente Lenílson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudio Roberto de Souza (substituto de Claudinei Quirino, que, sem condições físicas, ficou no Brasil). Ontem, os brasileiros disseram estar confiantes pela boa fase e a preparação do grupo. A grande expectativa, agora, é conhecer a formação oficial da equipe dos Estados Unidos, os grandes favoritos ao ouro.Como estará o time norte-americano é um dos assuntos dos velocistas no restaurante da Universidade de Paris. “No café da manhã os jamaicanos comentaram que o Maurice Greene está fora por causa de contusão e que o John Drumond vai ser punido por falta de fair play”, afirmou André Domingos, considerado um dos melhores corredores do revezamento em curva. “Nem sei explicar direito o motivo. Só sei que já recebi parabéns pela minha corrida na curva até do John Smith, o técnico do Greene”, contou o brasileiro.
Com isso, o Brasil teria pela frente os Estados Unidos sem dois de seus melhores corredores. “Com os dois, poderíamos dizer que seriam imbatíveis. Sem eles, já não se pode dizer a mesma coisa”, explicou André Domingos.
O fato é que os Estados Unidos continuam fortes, assim como os britânicos, alerta o técnico Jayme Neto Júnior, que, a partir de hoje, proíbe seus atletas de circularem por Paris. Quer concentração na prova e está otimista com a qualidade e a quantidade dos treinos feitos em Charlety, na França. Afinal, até as eliminatórias de sábado, terá trabalhado com o grupo por uma semana inteira.
“Estou confiante e tenho certeza de que, se tudo der certo, vamos fazer uma marca boa aqui”, avisou o treinador. No Pan-Americano de São Domingos, quando o Brasil foi prata, ele não teve o grupo reunido pelo tempo que gostaria. No Mundial de Edmonton, em 2001, a queda do bastão tirou o Brasil do pódio. O revezamento 4×100 metros do Brasil, com formações diferentes, tem duas medalhas olímpicas: a de bronze, em Atlanta/1996, e a de prata, em Sydney/2000.
Brasil em ação
Claudio Roberto de Souza compete hoje a série eliminatória dos 200 metros. E Elisângela Adriano inicia a disputa do arremesso do peso com o objetivo de ficar entre as 12 primeiras que passam para a final.