A reação do time, sob a batuta de Roberto Cavalo, veio na mesma onda que fez de Henrique e Kelvin as novas sensações do Paraná Clube. Amanhã, às 21h, frente ao Bahia, os meninos vão estar lado a lado desde o início de uma partida pela primeira vez.
O clube faz de tudo para “blindar” os garotos, evitando uma exposição maciça na mídia. Todos pedem entrevistas da dupla, mas os jogadores só tem falado aos microfones na saída de campo, em dias de jogos.
O cuidado da diretoria se estende ao campo com um trabalho contínuo não só da comissão técnica, mas também dos jogadores mais experientes. O goleiro Juninho, ao mesmo tempo que brinca com os garotos, faz alertas sobre a postura que ambos devem manter.
“Não podem se empolgar com o momento. Estão apenas iniciando as suas carreiras, que são, sem dúvida, promissoras”, disse Juninho, que quase todos os dias conversa com os meninos.
O ala Murilo rasga elogios a Kelvin, que pela primeira vez será titular do time. “Nem parece que tem só 17 anos. Pela forma como entrou contra o Coritiba, parecia que já havia disputado muitos clássicos. Tem muita personalidade”.
Este é um ponto comum nas avaliações feitas sobre a dupla. Tanto Henrique quanto Kelvin são vistos como jogadores “precoces”, maduros antes do tempo. “O mais importante de tudo é que têm muita qualidade”, emendou Irineu.
O desempenho surpreendente da dupla faz o clube vislumbrar a possibilidade de lançar outros meninos da base ainda este ano. Estratégia que integra o plano de reformulação do clube para 2011.
“Vamos agir com critério, para não queimar etapas. Mas, sem dúvida, o futuro do clube passa diretamente por essa aproximação entre a base e o profissional”, disse o assessor do futebol Paulo César Silva, que promete dar início à esse planejamento assim que o clube atinja os 46 pontos.
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