Ainda sob o impacto do rebaixamento para a Série B, o Paraná Clube iniciou a temporada 2009 sem grandes atrações. Foi buscar o volante Léo e promoveu a “repatriação” do meia Cristian e do atacante Leonardo. Sem dinheiro em caixa, a meta era apostar na garotada formada na base. Por isso, a lista de reforços era formada por atletas de pouca expressão, como o zagueiro Leonardo Dagostini e o atacante Massaro.
Sem muito tempo para trabalhar, o técnico Saulo de Freitas – mantido, mesmo não obtendo êxito na missão de tirar o time da Segundona -recorreu a uma estratégia arriscada: lançou mão de um time B nas duas rodadas do estadual, mantendo o grupo principal na pré-temporada. Deu no que deu. Os garotos usados contra Iguaçu (1×1) e Londrina (2×3) foram “queimados”, restando, daquele grupo, apenas o atacante Rodrigo Pimpão.
Quando o time titular entrou em campo, Saulo não resistiu aos maus resultados. Após seis rodadas (2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas), foi demitido. A gota d’água foi o revés, em casa, diante do Iraty. A diretoria optou por buscar um treinador de bom conceito no cenário nacional, alterando também sua política salarial. Paulo Bonamigo retornou ao clube, com a missão de reestruturar o grupo, já visando à disputa do Brasileiro da Série B.
Abrindo espaço para os garotos Giuliano e Éverton, processando ajustes e com alguns reforços – como o “tanque” Fábio Luís -, o treinador conseguiu dar a volta por cima no Estadual. Foi buscar a classificação para a segunda fase, armando um time “guerreiro”. Foi com essa proposta de jogo que o Tricolor avançou às semifinais do Campeonato Paranaense, superando Iraty e Engenheiro Beltrão e travando dois bons duelos com o Atlético.
No mata-mata com o Coritiba, entrou com a vantagem de decidir a vaga na final em casa. Mas não foi suficiente. Limitações vieram à tona e após duas derrotas (1×0 e 2×0, esta na Vila Capanema), o Paraná deu adeus à possibilidade de chegar à sua terceira final seguida do Paranaense. Tudo isso, em meio a jogos decisivos pela Copa do Brasil. Na média, o quarto lugar ficou de bom tamanho para os deslizes cometidos no início do ano.
