O Atlético deve ser pressionado a dizer hoje, com todas as letras, se quer ou não adequar seu estádio para a Copa do Mundo de 2014. A reunião que pode definir de uma vez por todas se a Arena da Baixada será o palco curitibano no Mundial terá como protagonistas o presidente rubro-negro, Marcos Maluicelli, o governador Orlando Pessuti e o Prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.
Os agentes públicos e a CBF já demonstraram impaciência com o Atlético, que mantém irredutível a posição de não contrair dívidas para reformar a Arena no padrão Fifa.
“Esperamos que o Atlético mostre vontade e diga se quer a Copa. Caso contrário, já vamos nos concentrar em outros planos”, falou o secretário especial estadual para a Copa do Mundo 2014, Algaci Tulio, que participará da reunião de hoje -ela deverá ocorrer à tarde, embora o horário exato dependa da agenda de Pessuti.
Tulio confirmou que as alternativas viáveis para a Capital seriam um novo estádio no Pinheirão ou na Vila Capanema. Repetindo o discurso do governo do Estado, ele rechaçou qualquer hipótese de uso de dinheiro público.
O estádio seria erguido por investidores que explorariam não só a praça esportiva (que poderia ser utilizada por Paraná Clube e Coritiba) por algo em torno de 30 anos, como outras benfeitorias a serem construídas no mesmo espaço, como um shopping center ou um hotel, por exemplo.
Tulio disse que no sábado de manhã atendeu representantes um grupo inglês que estiveram em Curitiba para saber sobre o possível empreendimento. “Grandes construtoras já se manifestaram. São grupos que têm capacidade de erguer uma obra destas dimensões nos prazos de que dispomos”, falou.
Na semana passada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou ao governo do Estado e à Prefeitura de Curitiba que só emprestaria o dinheiro necessário à reforma da Arena se uma construtora ou banco topasse empenhar seus próprios bens como garantia. Até agora, nenhuma entidade se manifestou oficialmente.