O retorno do zagueiro uruguaio Diego Lugano e a sua condição quase natural de novo líder do São Paulo dividem a diretoria do clube. Embora tenha sido ovacionado pelo público no jogo de sexta-feira, que marcou a despedida de Rogério Ceni, o defensor de 35 anos não é uma completa unanimidade no Morumbi.

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O presidente Carlos Eduardo Barros e Silva, o Leco, vem sofrendo grande pressão dos conselheiros para acertar o retorno de Lugano. Eles acreditam que a aposentadoria de Rogério Ceni e a saída de Luis Fabiano abrem espaço para um jogador que já esteja identificado com o clube, caso do uruguaio.

“O São Paulo precisa de um jogador carismático e capaz de liderar essa transição”, diz um dirigente que prefere o anonimato. “Ele é um líder natural. Dentro e fora de campo”, continua o cardeal.

Na própria sexta-feira, o presidente deixou claro que pretende iniciar as negociações. “Vamos conversar, não tem pauta, nem agenda definida. É um dos grandes nomes da nossa história. A torcida, em momentos que precisa de uma energia e atitude maior, grita o nome dele. Não pela representação técnica, mas pela entrega e dedicação que os são-paulinos sempre querem”, disse o presidente.

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Por outro lado, a diretoria de futebol avalia que é difícil investir em um jogador de 35 anos e que dificilmente será negociado novamente. Alguns conselheiros entendem que seria melhor contratar um zagueiro jovem com potencial para ser revendido.

O uruguaio atualmente defende o Cerro Porteño, do Paraguai, mas nunca escondeu a vontade de voltar a vestir a camisa do São Paulo. Pelo clube paulista, jogou entre 2003 e 2006, período em que conquistou os títulos da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes.

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