A etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe teve seu local de disputa alterado a menos de uma semana do início. Nesta quarta-feira, os organizadores anunciaram oficialmente que as provas foram transferidas do Postinho da Barra da Tijuca para a praia de Grumari, que fica dentro de uma reserva ambiental, a pouco mais de 20 quilômetros de distância. O motivo da alteração são as frequentes ressacas do mar, que têm castigado a região da Barra.
A estrutura que estava montada para acomodar surfistas, staff técnico, convidados e imprensa já havia sido danificada pela agitação do mar na semana passada. Os organizadores chegaram a reconstruir as instalações, mas uma nova ressaca no domingo atingiu o local e os organizadores optaram por levar a disputa para outro ponto.
“Foi uma sequência incrível de três ressacas enormes, com maré muito alta atingindo diretamente a estrutura do Postinho da Barra”, disse Xandi Fontes, gerente geral da etapa brasileira. “Contratamos um engenheiro especialista para analisar as condições e emitir um laudo técnico, e ele sentenciou o comprometimento de toda a base da estrutura.”
Como boa parte da praia ficou totalmente coberta pela água, os organizadores decidiram transferir a etapa para Grumari. Ainda assim, o Postinho terá uma pequena parte de sua estrutura mantida, já que o local será usado como segunda opção durante a janela de disputa, que vai de 10 a 21 de maio.
A praia de Grumari fica em uma Área de Preservação Ambiental (APA), com acesso limitado. Por causa disso, durante a competição será dada prioridade para atletas e seus acompanhantes, staff técnico e imprensa. Haverá limite para estacionamento (até 600 automóveis), mas a organização informou que oferecerá ônibus para quem quiser acompanhar as provas.
A etapa brasileira será a quarta do Circuito Mundial. Dez surfistas do País estão inscritos na disputa.