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Paulo André estreou pelo Atlético
e ajudou a anular o coxa-branca Tiago.

No pior início de Campeonato Brasileiro em todas as participações, foi justamente contra o Coritiba que o Atlético conseguiu a sua primeira vitória na competição deste ano. Em meio a uma final de Copa Libertadores da América, os reservas do Rubro-Negro jogaram com o espírito do torneio internacional e fizeram 1 a 0 no maior rival, ontem, na Arena. Mesmo assim, o Furacão continua na lanterna da competição enquanto o Alviverde despencou para a 12.ª posição da tabela.

Como sempre há uma primeira vez, no Joaquim Américo fechado com arquibancadas tubulares, a torcida atleticana pôde ver em casa os zagueiros Adriano e Paulo André, o meia Ferreira, a volta do atacante Dagoberto, além do técnico Antônio Lopes, que defendeu o Rubro-Negro contra sua ex-equipe. Era um time reserva enfrentando os titulares do Coxa num clássico um tanto atípico. Tão atípico que até demorou a engrenar e a ganhar perfil de clássico.

As equipes começaram se respeitando muito e com os goleiros tendo muito trabalho. Tanto Vizzotto quanto Tiago Cardoso fizeram grandes defesas antes da partida entrar em clima de clássico e ficar guerreada. O árbitro deixou correr solto e o jogo ficou ao feitio do Furacão, mais acostumado com os duelos pela América Latina.

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Foi assim que saiu o gol. O meia Rodriguinho foi firme numa disputa e lançou Evandro, que passou pela zaga e ficou livre para tocar no canto do arqueiro coritibano. Perdendo, Cuca voltou atrás e passou Rafinha para a ala-direita e as jogadas começaram a sair com mais constância. Principalmente com as entradas de Caio e Marquinhos, que teve várias oportunidades e não conseguiu marcar.

Mesmo assim, foi Fernandinho quem teve a melhor oportunidade de fazer. Rodrigo o deixou frente a frente com Vizzotto, mas ele finalizou mal e permitiu a defesa. Mal na partida, o meia deu lugar a Dagoberto, que entrou e não teve sorte. Logo no primeiro lance, levou uma pancada na coxa, que o fez sair de campo. Com um a menos, o Furacão segurou a pressão do Coritiba na base da raça e garantiu a primeira vitória no Brasileirão.

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Os próximos compromissos serão o São Paulo, quinta-feira no Morumbi, valendo o título da Libertadores e o Galo, domingo, no Mineirão, pelo Brasileiro. Já o Coxa passa a semana se preparando para receber o Botafogo, também domingo, no Couto Pereira.

Agora é se preparar para a decisão da Libertadores

Passada a primeira vitória no Campeonato Brasileiro e a festa em cima do maior rival, o Atlético acorda hoje cedo pensando apenas em Copa Libertadores da América. Logo pela manhã, os jogadores titulares voltam ao batente no CT do Caju na preparação para a partida de quinta-feira contra o São Paulo, no Morumbi. Para este jogo, o técnico Antônio Lopes terá todos os jogadores inscritos na competição à disposição.

Para a partida decisiva, o Delegado poderá fazer uma alteração. O meia Fernandinho, que não vem agradando, poderá ceder seu lugar para Evandro, que vem mostrando um bom futebol desde que voltou da seleção sub-20. O treinador, no entanto, não confirma essa possibilidade. "Vamos comemorar essa vitória contra o Coritiba e amanhã (hoje) a gente começa a pensar na Libertadores", desconversa.

Na verdade, a preparação para esta partida começou desde que quase todos os titulares foram poupados diante do Alviverde. No restante da equipe não deverá acontecer alterações, apesar de o goleiro Diego e do atacante Aloísio estarem com dores musculares. A folga no final de semana deve ter sido suficiente para recuperar os dois. De qualquer forma, o mistério está mantido pelo treinador e a equipe só será confirmada momentos antes do confronto contra os paulistas.

Ingressos

A diretoria espera até o meio-dia uma resposta do São Paulo sobre a quantidade de ingressos destinados à torcida rubro-negra. O Atlético solicitou cinco mil, mas os dirigentes são-paulinos só estão dispostos a mandar dois mil. "É uma situação difícil. Se aceitamos os dois mil tem guerra aqui. Se não aceitamos nenhum, tem guerra também", lamenta João Augusto Fleury da Rocha, presidente do Furacão.

Lesão

Durou apenas 14 minutos a volta do atacante Dagoberto aos gramados. Poderia ter sido mais se ele não tivesse sentindo uma nova lesão após nove meses afastado devido a um rompimento dos ligamentos do joelho esquerdo. Dessa vez, porém, a lesão foi apenas uma fisgada no músculo posterior da coxa direita. De acordo com o DM, hoje ele será submetido a um exame de ressonância magnética para se saber a gravidade da lesão e a partir desses resultados é que se poderá estabelecer um prazo para a recuperação.

Para Cuca, faltou o principal

Carlos Simon

Parecia a repetição de um velho filme. Depois do clássico de ontem, jogadores e comissão técnica do Coritiba justificaram o resultado da mesma forma que nas derrotas para São Paulo, Juventude e Goiás.

"Faltou o gol. Tomamos conta do jogo, principalmente no segundo tempo, mas nosso ataque foi inoperante. Com um pouquinho mais de calma e precisão sairíamos no mínimo com 1 a 1 ou 2 a 1", falou o técnico Cuca. "Novamente tivemos mais posse de bola e não vencemos. Time que quer ser campeão não pode dar bobeira assim", fez coro o zagueiro Miranda.

Cuca disse ter aprovado a inovação tática no primeiro tempo, quando Rafinha e Jackson se revezaram entre o meio-campo e a ala direita -nesse período, o Coxa não se encontrou e foi dominado pelo adversário. "Sabia que o Rafinha receberia marcação individual. Em alguns momentos ele fugiu da vigilância, mas foi muito bem marcado, assim como todo o time", falou o técnico, que no intervalo desfez a mudança e manteve Rafinha em sua posição de origem.

O técnico também minimizou o fato de o adversário ter jogado com vários reservas. "Se jogássemos em casa com Souza, Vital, Nascimento e Rubens Júnior o adversário teria as mesmas dificuldades", falou.

Jogo-treino

Enquanto os titulares folgam hoje, o time suplente viaja à noite para Campo Mourão. "Coxa B" faz amistoso contra a Adap amanhã, às 20h30.

Só pra variar, confusão

Atletiba sem confusão não é Atletiba. Ontem, a rivalidade entre os clubes gerou alguns episódios quase hilários e outros lamentáveis.

Logo após o apito final houve um bate-boca entre os técnicos Cuca e Antônio Lopes, que haviam se cumprimentado cordialmente antes do jogo. O treinador coritibano acusou Lopes de fazer gestos obscenos pra torcida coxa. "Fui repreendê-lo mesmo. Já sofri muitas derrotas em clássicos e sempre soube ganhar e perder. Jamais iria ofender a torcida de um clube em que já trabalhei", justificou Cuca.

Lopes retrucou dizendo que nunca desrespeitaria os coritibanos. "Acontece que jogaram urina e me acertaram uma cusparada. Se quiserem podem sentir meu terno cheirando a mijo", disse.

Torcedores da área do Coritiba atiraram no gramado alguns assentos das arquibancadas. Um deles acertou o próprio médico do Coxa, Valmir Sampaio, que sofreu sangramento na face. No segundo tempo, um rojão partiu do mesmo setor alviverde. Segundo o Atlético, dois torcedores foram detidos. (CS)

Torcida aprova novo setor

As novas arquibancadas tubulares da Arena foram aprovadas em seu primeiro teste. Não houve incidentes relevantes no setor, ocupado por bom público – a maior motivação da torcida era o preço de R$ 10,00, definido no sábado.

Segundo a assessoria de imprensa do Atlético, nenhum ingresso para as tubulares havia saído até a sexta-feira, quando o valor estava em R$ 30. O número de entradas vendidas no setor será divulgado apenas hoje, mas girou em torno de 3 a 4 mil.

Entre os freqüentadores das tubulares estavam saudosistas da estrutura montada na velha Baixada, entre 1996 e 97. "Cansei de ir ver Oséas e Paulo Rink naquelas arquibancadas. Eram parecidas com essas. O preço era mais acessível e nunca deu problema", falou Edmílson Lima, 32 anos.

Gerson Santos, 26 anos, foi direto. "Com a economia dá para tomar mais cerveja", observou.

O Atlético ainda não definiu se continua alugando as tubulares. A diretoria já estuda prolongar o contrato até o final do Brasileiro, enquanto não começa a conclusão definitiva da Arena.