Resende apresenta mudanças para a CBF

Rio – Redução em 30% no número de juízes do quadro de arbitragem da CBF, acompanhamento constante da formação e treinamento dos profissionais, além da aplicação de testes teóricos, práticos e físicos, serão as primeiras medidas adotadas pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira, após o escândalo envolvendo a atuação de árbitros no Campeonato Brasileiro. Edson Resende, responsável interinamente pelo Departamento de Arbitragem da CBF, informou ontem que sugeriu essas mudanças ao dirigente, que marcou para amanhã uma reunião onde os temas serão discutidos.

?Me encontrei rapidamente com o Ricardo (Teixeira) no aeroporto, já que ele viajou para Montevidéu, e entreguei a ele as sugestões. Me disse que volta nesta terça e ficou de se reunir comigo na quarta?, explicou Edson Resende. ?Ele afirmou que estudaria as mudanças durante esta viagem.?

O presidente interino da Comissão de Arbitragem, que não escondeu seu desejo de ser efetivado no cargo, defendeu a diminuição em 30% no número de aproximadamente 600 juízes à disposição da CBF. Destacou que o excesso de profissionais dificulta o trabalho de acompanhamento feito pela entidade e acarreta problemas como os de profissionais com deficiências técnicas e físicas atuando, enquanto outros demonstram frustração por não trabalharem há mais de um ano, por causa do inchaço no quadro da entidade.

Resende ainda explicou que cada membro da nova comissão de arbitragem a ser instituída receberá atribuições específicas. O desejo da CBF é o de acompanhar a formação, aperfeiçoamento e o desempenho dos juízes. Para atingir o objetivo, a entidade aplicará testes físicos, técnicos, teóricos além de levar os novos profissionais para a realização de cursos na Granja Comary, em Teresópolis, onde está instalada a Escola Brasileira de Futebol (EBF).

E, ao contrário do ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem Armando Marques, que se recusava a receber dirigentes, Resende assegurou não ser avesso à idéia. Contou não ter receio em receber os presidentes dos clubes, mas só o fará quando julgar procedente o pedido de audiência.

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