Horas de reunião, debates e discussões para finalmente representantes do Bom Senso FC, dos clubes e dirigentes da CBF entrarem em acordo quanto ao fair play financeiro que vai integrar o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) que está tramitando no Congresso Nacional. No encontro, mais de 90% da demanda de pedidos do Bom Senso foi aceito pela CBF e por Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba e representante dos clubes.

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Segundo o diretor executivo do BSFC, Ricardo Borges Martins, uma comissão será criada para fiscalizar o controle de déficit dos clubes, o cumprimento dos contratos de trabalho, assim como os pagamentos em dia de atletas e funcionários de salários e direitos de imagem, além da padronização das demonstrações financeiras e a reavaliação do endividamento.

“Mais de 90% da demanda do Bom Senso foi aceita, precisando ser feito um ajuste ou outro. Algumas coisas precisavam passar por negociação, mas de maneira geral os pedidos do Bom Senso foram atendidos neste acordo com a CBF e os clubes. Esse comitê de acompanhamento vai garantir que esse modelo de fair play financeiro seja cumprido pelos clubes de acordo com o próprio projeto de lei”, explicou.

Ainda de acordo com Martins, os clubes que não cumprirem as determinações previstas na LRFE serão primeiramente notificados. Depois, haverá um comunicado com publicidade. Na sequência, a penalidade para o clube será a proibição de registro de novos jogadores, podendo ainda haver o bloqueio de receitas. A penalidade final, no entanto, é o rebaixamento de divisão do clube e, dependendo do caso a perda do título conquistado de determinada competição. “Segundo a lei, se o clube ganhou a competição, mas não cumpriu a lei, ele não ganhou legitimamente o campeonato e acabará perdendo o título”, detalhou o diretor executivo do Bom Senso FC.

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Negado

Apesar do consenso com representantes da CBF e dos clubes, um pedido do Bom Senso FC não foi aceito e não entrará no projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE). O movimento pediu que houvesse um limite no custo do futebol, com a criação de um teto salarial, sendo proporcional ao orçamento do clube. Porém, os dirigentes do clubes não quiseram colocar nenhum limite para acertar salários com os jogadores.

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