Depois de receber R$ 12 milhões no dia 22 de abril, quando o secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke esteve pela última vez visitando as obras da Arena da Baixada, a CAP S/A deve receber novos repasses da Fomento Paraná somente amanhã. A instituição financeira estadual busca, desde o mês passado, recapitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para que as operações de crédito com o Atlético possam ser realizadas e para que novos atrasos sejam evitados junto a fornecedores e empreiteiras que prestam serviços para a reforma e ampliação do Joaquim Américo.
Segundo a Fomento Paraná, a previsão é de que amanhã seja realizado um repasse de aproximadamente R$ 6 milhões, referente à parte da terceira e da quarta parcelas do quarto e último contrato de financiamento. Porém, isso só vai acontecer se houver a recomposição dos recursos no FDE por parte da Secretaria da Fazenda.
O banco estadual informou também que, segundo a nova programação de repasses, na próxima quinta-feira, dia 15, um dia depois da realização do segundo jogo-teste da Arena da Baixada, mais um repasse de aproximadamente R$ 6 milhões deve chegar aos cofres da CAP S/A. Por fim, na semana seguinte, às vésperas de o Atlético entregar as chaves para a Fifa, o último repasse, também no valor aproximado de R$ 6 milhões, deverá ser efetuado pela Fomento Paraná e completar a quantia total de R$ 65,4 milhões do último contrato.
Apesar do atraso nos dois últimos repasses, que deveriam ter entrado nos cofres da CAP S/A anteontem, o diretor de construção do Atlético, Luiz Volpato, acredita que as obras não devem sofrer novas paralisações até a entrega. “A situação não é tranquila, pois precisamos pagar nossos débitos. Mas vamos contar com a paciência dos nossos fornecedores para que as obras continuem no mesmo ritmo até a data de entrega”, frisou.
Entretanto, o FDE, que é administrado pela Fomento Paraná, não está capitalizado pela demora da entrada de recursos da venda do potencial construtivo por parte da Prefeitura de Curitiba referente ao primeiro contrato feito entre o banco estadual e a CAP S/A no valor de R$ 30 milhões. Apesar de uma parte do potencial construtivo já ter sido comercializado, os recursos não chegaram aos cofres da instituição financeira, que no momento tem dificuldades de realizar os últimos repasses referentes ao quarto e último contrato de financiamento firmado com o Atlético para a conclusão das obras da Arena da Baixada.