Renovação da seleção será mais lenta e gradual

Os apressados que se acalmem. A renovação da seleção brasileira vai ser feita sem pressa. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, já avisou ao técnico Carlos Alberto Parreira que a reformulação deve ser lenta.

Respaldado pela conquista do pentacampeonato ano passado na Ásia, o dirigente quer as grandes estrelas como Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Cafu nas eliminatórias e também na Copa da Alemanha, em 2006.

A confirmação de que os astros do penta têm lugares garantidos nas convocações não virá da boca de Parreira. Mas ontem, no Aeroporto de Cumbica, o preparador físico da seleção, Moraci Sant?Anna, que é amigo pessoal do treinador, tratou de mandar o recado.

“Não vejo a renovação como tão necessária assim. Os jogadores que conquistaram o penta não estão com a idade avançada. Falam do Cafu, mas ele tem uma saúde de ferro. Tanto é verdade que acaba de ser contratado pelo Milan, o atual campeão da Europa”, disse Moraci.

O preparador desmonta a tese de que os grandes astros brasileiros que atuam no futebol europeu torcem o nariz quando são convocados para os jogos das eliminatórias. “Não vejo assim. Todos eles vêm para a seleção com muita vontade. As pessoas se esquecem que o Brasil dificilmente vai bem nas eliminatórias. Era assim até na época do Pelé”, recordou Moraci.

Fábio Luciano, Kléber e Gil, os jogadores corintianos que participaram da seleção brasileira na Copa das Confederações, desembarcaram com um discurso parecido. Kléber, que teve bom rendimento no amistoso contra a Nigéria e depois caiu de produção diante de Camarões e Estados Unidos, para depois ser sacado da equipe na despedida contra a Turquia, garante que não sentiu o peso da camisa.

“Quem pode analisar as minhas atuações é o Parreira, mas acho que fui bem, não senti o peso de atuar na seleção. Mas acho que aos poucos eu vou melhorando”, afirmou, sem convicção.

Para Gil, o problema foi a forte marcação dos adversários. “O lado esquerdo da seleção foi bem contra a Nigéria e depois não conseguiu mais jogar, por causa da forte marcação”, afirmou o atacante.

Fábio Luciano, que nem chegou a entrar em campo durante a competição, preferiu falar da saudade que sentia de casa e do Corinthians. “Sei que a equipe não foi bem, mas a copa serviu para o Parreira fazer algumas experiências. Mas não vejo a hora de chegar em casa e amanhã ir treinar no Corinthians”, resumiu.

O atacante Luís Fabiano, que por causa de uma contusão muscular não participou da copa, desceu no aeroporto e fugiu dos repórteres.

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