A contratação do técnico Ricardinho, a reestruturação do departamento de futebol e a montagem de um grupo aparentemente competitivo fizeram o torcedor paranista alimentar o sonho do acesso. Após conquistar sem traumas o retorno à elite estadual, o Paraná Clube deu demonstrações de que transformaria 2012 no ano da redenção. Ledo engano. O momento atual é, na verdade, um duro choque de realidade para os tricolores.
Novamente convivendo com salários atrasados, tendo que alterar seu planejamento a partir da saída de Ricardinho e com um desempenho pífio fora de casa, o Paraná Clube tem atualmente sua segunda pior campanha da era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, seja na Série A ou na Série B. Os números atuais superam tão somente o desempenho de 2007, que resultou no traumático rebaixamento.
O Paraná versão 2012 tem um desempenho de 41,67%, o pior de toda a participação do clube na Série B. Mesmo em 2008, quando o Tricolor cumpriu um primeiro turno horroroso e conviveu com o fantasma do rebaixamento até as últimas rodadas, o rendimento final foi de 42,98%, com 49 pontos. Hoje, se não melhorar nas próximas dez rodadas, a pontuação máxima ficará na casa dos 47 pontos. “Temos, e vamos melhorar”, afirma o técnico Toninho Cecílio, que, por enquanto, conseguiu uma vitória em três jogos.
Nas dez rodadas passadas, o Paraná somou apenas 9 pontos e despencou para o13.º lugar. O pânico só não se instalou de vez na Vila Capanema por conta da fragilidade dos concorrentes. Ao que tudo indica, o último clube rebaixado desta temporada não deve bater a casa dos 40 pontos. A comissão técnica evita falar em números, mas sabe que o Tricolor precisa de, no máximo, três vitórias para não passar nenhum susto e conseguir emplacar a sexta temporada seguida na Série B.
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