Na Segundona do Paranaense, não levar prejuízo na bilheteria já é motivo para comemorar. De 75 jogos, 32 tiveram renda negativa. Para alguns dos dez times que disputaram o torneio, abrir o estádio serviu apenas para gerar despesas e dívidas.

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A penúria pôde ser vista de perto por quem foi a algum jogo do São José ou da Portuguesa Londrinense. Mesmo chegando à segunda fase, os dois clubes sofreram com a falta de apoio. Às vezes, com a total ausência de torcedores.

A Lusinha foi a campeã do público zero, com dois jogos sem ao menos um ingresso vendido. O São José teve apenas um “W.O da torcida”, mas foi pior nas médias de público e renda, com um total de R$ 23.328,48 de prejuízo na soma dos borderôs.

Curiosamente, o jogo com mando do São José que atraiu mais gente aconteceu no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa: 64 pessoas, na primeira rodada. No Xingu, o time conseguiu reunir no máximo 40 pagantes. ‘Sobrevivemos graças a patrocínio e venda de jogadores. Se dependesse de bilheterias, já teríamos fechado. É difícil conquistar a torcida. Outros times de fora passaram por aqui e não criaram identificação‘, diz o vicepresidente do São José, João Otávio Simões, lembrando de Malutrom e Real Brasil.

Sucesso

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Em meio à desolação, Roma Apucarana e Arapongas foram as exceções. Os times que conseguiram o acesso para a primeira divisão foram responsáveis pelos melhores públicos e tiveram nas rendas dos jogos um importante reforço de caixa.

Em Arapongas, a torcida sempre compareceu ao Estádio dos Pássaros e foi responsável pelo recorde de público da competição: 9.320 pagantes. ‘Fizemos promoções, mas o principal foi a boa campanha‘, diz o diretor comercial Reinaldo Furlan. ‘A cidade estava carente de um time competitivo. Na primeira divisão, vamos reforçar as ações de marketing, com venda de kit de ingressos e o lançamento da loja oficial do clube‘, conclui.

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