São Paulo – Pode-se atribuir parte do que aconteceu domingo em Melbourne, na abertura do Mundial de Fórmula 1, ao novo regulamento. Que teve, como grande ?conquista?, atirar Michael Schumacher para a última fila do grid. No mais, as posições de largada, apesar da chuva no sábado, foram mais ou menos normais, exceções feitas às más colocações de Barrichello e Alonso, e às boas de Trulli e Villeneuve. A vitória de Giancarlo Fisichella, esta não deve ser recebida como uma zebra galopante. A Renault mostrou, na pré-temporada, que pelo menos no início do campeonato é a equipe a ser batida.

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O italiano fez a pole e venceu praticamente de ponta a ponta, só perdendo a liderança quando parou para seus dois reabastecimentos. Dominou a corrida e terminou dizendo que ainda tinha alguma sobra no seu carro. De quebra, o time francês ainda colocou Alonso no pódio, mesmo tendo o espanhol largado em 13.º. ?Fiquei 17 voltas atrás do Villeneuve e se não fosse isso seria segundo?, disse o piloto.

A Ferrari, se decepcionou com Schumacher, mostrou força com Barrichello, mesmo usando o carro do ano passado. O brasileiro era o 11.º no grid e, com um ritmo consistente, foi galgando posições até aparecer em segundo na fase final da prova. Disse que tinha carro até para ganhar. Cruzou a linha pouco mais de 5s atrás de Fisichella, que pela primeira vez na vida subiu ao degrau mais alto do pódio. Foi sua segunda vitória, mas na primeira, em Interlagos/2003, ele só soube que tinha sido o vencedor dias depois da corrida, por um erro de cronometragem que o havia colocado em segundo lugar. Receberia o troféu duas semanas depois, em Imola.

Giancarlo estava esfuziante depois da corrida, assim como Alonso. Ambos perceberam que têm um carro para lutar pelo título. Claro que ainda falta ver a nova Ferrari em ação, o que pelos planos do time italiano só vai acontecer em Barcelona, na quinta etapa do Mundial. ?Meu carro é muito fácil de guiar e ainda tem muito a desenvolver. Temos de construir uma boa vantagem neste início porque será muito importante no final do campeonato?, disse ?Físico?.

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Os pneus únicos para toda a corrida não representaram problemas para a maioria. Exceto a Toyota, as demais não tiveram grandes dificuldades e muitos pilotos registraram suas melhores voltas na fase final da corrida. Coulthard, da Red Bull, foi o grande destaque do dia, depois da Renault. Andou boa parte da prova em segundo e terceiro e só perdeu o pódio depois da segunda bateria de pit stops.

Renault e Red Bull, estas são as novas caras da F-1 em 2005. Quanto a Schumacher, o alemão teve um de seus desempenhos mais pífios, largando na última fila e não passando quase ninguém. Entrou na zona de pontos apenas na 40.ª volta. Duas depois foi se defender de Heidfeld e acabou tocado pelo piloto da Williams. É a primeira vez, desde 2000, que Michael começa um Mundial atrás de seu companheiro de equipe.

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