Ao término do jogo em que empatou sem gols com o Santos, no Pacaembu, nesta quinta-feira, o clima no Grêmio era de dever cumprido. Mais do que isso, era bem evidente de que todos estavam mesmo preocupado com o clássico Gre-Nal, no próximo domingo, no Beira-Rio, pela 24.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o empate, o Grêmio segue na quinta colocação, com 41 pontos, e fica a cinco pontos do rival Internacional e o São Paulo, líder e segundo, respectivamente.
O técnico gremista tentou diminuir a onda de elogios ao Inter. “Vocês estão falando do Internacional porque é líder, mas queria ver se ele estivesse na briga contra o rebaixamento. Não sei como eles vão vir. Sei que o Grêmio vai estar preparado para o clássico”.
Desde já tentou fazer um clima de mistério e dúvida para a formação do seu time, que nesta quinta atuou com sete jogadores considerados reservas. “Não sei como vou armar o time. Preciso ver com calam, mesmo porque vários jogadores nem vieram para São Paulo. Eu repito que no meu time, independente de quem joga, vai brigar sempre pela vitória. Hoje eles deram mais uma demonstração de que isso vale comigo”.
Por várias vezes, Renato ressaltou que o Grêmio está a apenas cinco pontos do líder e que o Brasileirão é muito equilibrado, com vários times fortes na briga pelo título. “Até outro dia o Flamengo era líder e todo mundo dizia que ele seria o campeão. Agora tem a mesma pontuação do Grêmio. Existem bons times nesta disputa, inclusive, o Palmeiras que muitos diziam que não chegariam, mas agora aparece em terceiro lugar. É cedo para se apontar um favorito. Vai ser uma briga dura”.
E Renato não perdeu a chance de provocar o rival. “Ao contrário do Grêmio e alguns clubes que disputam várias competições ao mesmo tempo, o Internacional só está focado no Brasileiro. Eles sempre têm mais tempo de recuperação, mas, enfim, não quero reclamar de nada”.
O Grêmio foi para o duelo com o Santos sem vários titulares, casos do zagueiro Kanneman e do atacante Everton, convocados para suas seleções, do lateral-esquerdo Cortez, suspenso, e do volante Maicon, lesionado. Renato Gaúcho exaltou seu grupo. “Taticamente o Grêmio controlou o jogo o tempo todo. Tivemos as melhores oportunidades. Somos uma equipe que sempre joga para ganhar. Jogamos concentrados e admito que queria um resultado melhor, até para chegarmos bem para o Gre-Nal, não por ser clássico, mas por estarmos ambos brigando pelo título. Independente de quem vá jogar, eu confio em todos eles”, disse o treinador.
Sobre a reclamação santista dde pênalti de Geromel em cima de Rodrygo, ao contrário de outras vezes, Renato deu uma opinião bem diferente da maioria das pessoas que estavam no Pacaembu. “A minha opinião é que não houve o pênalti. É minha opinião. E para mim, o lance capital aconteceu no último minuto (aos 47 minutos do segundo tempo) quando o Alison desceu sozinho, mas cansado, escorregou na frente do goleiro”.
Ao final do jogo, Renato foi conversar com o atacante Gabriel porque durante um lance o técnico atrapalhou o domínio de bola do atacante na sua área de atuação. “São coisas do futebol, que acontecem. Eu estava na minha área técnica e a bola veio na minha direção, daí houve um toque entre a gente, mas nada intencional”, justificou.