O técnico Renato Gaúcho aposta que a virada do Atlético está perto de acontecer. Ele não se baseia no acaso, mas na evolução dos treinamentos desde que assumiu o time.
O treinador também diagnosticou pontos positivos nos duelos contra Avaí e Vasco, apesar do empate por 0 x 0 e da derrota por 2 x 1. “A cada jogo que passa a equipe tem se comportado melhor e daqui a pouco a maré vira, a sorte vira para nós e aos poucos o Atlético vai saindo desta situação”, enfatizou.
Além da evolução, Renato Gáucho se agarra ainda nas oscilações normais dentro de uma competição longa como o Campeonato Brasileiro. Assim ele justifica o otimismo de que vai tirar o Atlético da zona de rebaixamento.
Mesmo precisando de pelo menos 44 pontos para se salvar da degola, o comandante do Furacão usa a própria vivência no futebol para exemplificar que não é momento de desespero, mas de trabalho, pela quantidade de confrontos que ainda estão por vir – a começar pelo Botafogo, sábado, na Arena da Baixada.
“O que garante que todos os adversários vão ganhar também? A boa fase de repente acaba. Não estou nem falando em termos de título. Tem muita gente que ainda vai brigar contra o rebaixamento, pode ter certeza disso”, disse.
Mesmo ainda muito distante do primeiro clube fora da zona de rebaixamento – hoje é o Bahia, com 10 pontos, 8 mais que o Furacão – Renato Gáucho não se sente ameaçado, mas sim incomodado com a situação.
Com o otimismo que lhe é comum, o treinador vê dias melhores em breve e tem trabalhado até o lado psicológico do seu grupo para conquistar a primeira vitória logo.
“Ninguém gosta disso, pode ter certeza. Mas estamos trabalhando, procurando acertar da melhor maneira possível a equipe, procurando treiná-los de todas as formas: na parte física, técnica e tática. Estou trabalhando bastante a cabeça deles”, enaltece.
Não estar entre os melhores da Série A também não é sinônimo de desmotivação. Para ele, iniciar a competição de maneira negativa é mais saudável que já nas primeiras rodadas ser o líder, gerando falsa imagem de possível campeão, o que é mais traumático quando se tem uma queda de rendimento.
“Não tem uma equipe no mundo, eu pelo menos nunca vi, que começou bem, decolando e terminou bem. Ela vai ter a má fase durante o campeonato. Eu prefiro começar mal e me recuperar, que começar bem e transmitir uma esperança muito grande para o torcedor e começar a cair na tabela”, explicou.