O técnico Renato Gaúcho chama por um atacante matador para tentar tirar o Atlético da má fase que já acumula quase 80 dias sem sequer uma vitória. Ontem, para piorar, houve mais uma baixa no setor ofensivo: Nieto passou por uma artroscopia no tornozelo direito e ficará seis semanas sem jogar.

continua após a publicidade

O argentino deve voltar apenas na última rodada do 1.º turno do Campeonato Brasileiro, contra o Coritiba, no Couto Pereira. Se for levada em conta a produção dos homens de frente, a ausência de Nieto não seria o mal maior do time neste momento.

Assim como foi no Brasileirão de 2010, na edição deste ano os atacantes continuam sendo meros figurantes. Apenas um dos cinco jogadores de frente aptos a atuarem na Série A conseguiu balançar as redes. Foi o novato Edigar Junio, que deixou sua marca na estreia entre os profissionais – na derrota por 3 x 1 para o Fluminense.

Já a dupla de ataque mais cara da história do Furacão e do futebol paranaense, que custou R$ 11 milhões somadas as duas compras, ainda não deu o retorno esperado.

continua após a publicidade

Guerrón, que custou R$ 3 milhões no ano passado, em uma edição e meia de Brasileirão só marcou dois gols (ambos em 2010). Se dividir as vezes em que balançou as redes pelo custo, significa uma média de R$ 1,5 milhão por gol. Por enquanto, no mesmo caminho está o uruguaio Santiago “El Morro” García, que saiu pelo dobro do equatoriano e ainda está em jejum.

Na lista dos atacantes tem ainda Adaílton, que atuou em 8 partidas na Série A, mas também sem nenhuma bola na rede. Itamar, que aguarda a documentação para ser registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, é uma das novas apostas, mas precisa ter seu nome confirmado até amanhã para que possa ser escalado.

continua após a publicidade

Pela falta de uma boa sequência dos atacantes, o Atlético tem apenas 3 gols no Brasileirão – um gol a cada três rodadas. O melhor desempenho entre os atacantes é justamente de Nieto.

O argentino marcou 8 vezes, em 19 jogos, com média de um gol a cada 2,8 partidas. A pior estatística é de Guerrón, uma bola na rede a cada 3,8 jogos. Os meio-campistas Paulo Baier e Madson são os dois maiores goleadores do ano.

Na temporada, o capitão é o artilheiro com 13 gols e Madson o vice, com 10. Até pelo retrospecto de gols marcados, a dupla também está entre os que mais atuaram: o camisa 10 já jogou 30 vezes e Madson 34 vezes.