O técnico Renato Gaúcho explicou nesta quinta-feira os motivos que o levaram a recusar o convite do Flamengo e permanecer no Grêmio. O treinador revelou uma conversa franca com o presidente gremista, Romildo Bolzan Junior, que o convenceu a seguir com o trabalho vitorioso no clube gaúcho.
“Foi pelo momento que o Grêmio vive, pela conversa que eu tive com o presidente e a diretoria do Grêmio. Falei tudo, não preciso mentir. O presidente pediu para eu ficar, entendeu a situação, o convite, mas pediu para eu dar sequência ao trabalho que estamos fazendo, que é maravilhoso. É um trabalho do presidente ao roupeiro, todo mundo se entrega. E o resultado está aí”, declarou em entrevista ao SporTV.
Renato era o nome preferido do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, para a vaga do demitido Paulo César Carpegiani. O convite foi feito ao treinador, que, no entanto, anunciou sua permanência no Grêmio. O ídolo gremista admitiu que a proposta financeira do clube carioca era bastante vantajosa, mas negou ter pedido aumento salarial para ficar em Porto Alegre.
“O Grêmio é meu clube de coração. Quando trabalho aqui, não coloco multa. Se eu quiser sair, saio sem pagar nada para o clube, e vice-versa. Tive essa proposta maravilhosa financeiramente, sensacional, e em nenhum momento cheguei no presidente e falei: ‘Eu quero aumento’. A primeira coisa que falei foi: ‘Não estou me aproveitando da situação e não quero um real a mais’. Poderia ter colocado contra a parede. Acho que 99% dos treinadores fariam isso, é normal, é mercado, mas em nenhum momento me aproveitei disso”, garantiu.
Apesar de sua relação tão próxima com o Grêmio, Renato não escondeu o “sonho” de voltar a trabalhar no Flamengo, onde também se destacou como jogador. O técnico inclusive afirmou que um dia voltará à Gávea. “Quem não quer treinar o Flamengo? Quem não quer jogar no Flamengo? Temos que ser profissionais e pensar com a cabeça. O Flamengo é uma potência. Eu tenho o sonho de treinar o clube, e um dia vou.”