Remo promete disputa equilibrada

Há 14 anos que não era assim. A competição de remo dos Jogos Sul-americanos, que começa hoje, às 9h, no Parque Náutico Iguaçu, em Curitiba, com entrada franca, está sendo considerada a mais equilibrada desde 1988, ano em que o Brasil ganhou pela última vez um campeonato continental da modalidade. Desde então, a Argentina dominou com folga o remo sul-americano. Desta vez, no entanto, ha expectativa por uma disputa acirrada pelo título.

Para o gerente técnico do Brasil, Rodney Júnior, o Brasil pode sonhar. “Estamos melhor estruturados e os argentinos caíram um pouco por causa da crise. E o Chile também pode ganhar algumas provas”.

A primeira das sete provas de hoje é o Dois Sem feminino, que contará com a participação das chilenas Carolina Godoy e Paola Rodríguez, medalha de prata no último Mundial, na prova do Dois Sem Peso Leve (até 59kg).

“Será uma prova difícil”, diz Carolina, descartando o favoritismo. “Somos peso leve e estaremos competindo contra adversárias da categoria aberta”.

O Brasil é o único país que participará de todas as 14 provas (amanhã acontecerão outras sete provas) e o otimismo é grande na equipe. “Como treinador, procuro acreditar que estamos preparados para ganhar todas, mas sei que isso é uma utopia”, afirma Rodney Jr. “De todo modo, é muito importante estarmos cobrindo todas as provas. Agora, estamos esperando só a hora da regata”.

E uma das provas mais aguardadas de hoje é o Dois Sem masculino, em que a rivalidade Brasil e Argentina é de longa data. No Pan de Winnipeg, o barco argentino levou a melhor. Mas, no último Mundial, o Brasil deu o troco, terminando em nono lugar, seis segundos à frente dos rivais. Alexandre Altair e Gibran Cunha formam a dupla brasileira e estavam presentes nessas duas competições. Só que, no Sul-americano, eles terão pela frente adversários desconhecidos, Marcos Morales e Walter Naneder.

“Vai ser uma prova dura, não dá para menosprezar o Dois Sem deles”, analisa Alexandre.

Outra prova de hoje que é aguardada com expectativa é o Single Skiff masculino. O argentino Santiago Fernandez, sétimo no Mundial, é considerado uma barbada. Mas o brasileiro Armando Max Ribeiro, deficiente auditivo, é a maior revelação da atual geração do remo brasileiro e promete dar trabalho. Argentina, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai são os países competidores.

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