Depois de três meses e meio sob intervenção, a Confederação Brasileira de Remo (CBR) tem um novo presidente: Wilson Reeberg, eleito neste sábado na sede da entidade, no Estádio de Remo da Lagoa (zona sul do Rio).
Ele obteve voto de sete das oito federações estaduais aptas a participar do processo eleitoral – seis não constavam do pleito por não atenderem a requisitos estatutários. Sady Berber e Rodney Aráujo, os dois outros concorrentes ao cargo, nem sequer compareceram à assembleia deste sábado.
“Foi a campanha mais complicada que já vi no remo brasileiro. Durou 18 meses, foi desgastante, e dividiu o remo no País. Mas isso, certamente, um dia iria acontecer”, disse Reeberg, eufórico com a vitória nas urnas. A CBR vive uma grande crise após denúncias de irregularidades na gestão de Rodney Araújo, afastado da presidência por decisão judicial.
O remo nacional esteve no centro de um escândalo recente, com o abandono de lanchas e catamarãs que serviram ao Pan de 2007. As embarcações estavam num matagal da Ilha do Fundão, na zona norte do Rio. “O objetivo, agora, é curar as feridas e trazer para o remo um novo espírito. Não de revanche, mas de contar com todos para voltar a elevar o nome desse esporte tão importante”, prometeu Reeberg.
Ele tomou posse neste sábado mesmo e já listou as prioridades. “Quero equipar os clubes de todas as federações. Dar condições de trabalho. E vou apoiar os atletas que têm capacidade de representar bem o País em torneios internacionais.”