O atacante Reinaldo será a grande atração do Paraná Clube, amanhã, diante do Atlético. A transferência do jogador enfim foi regularizada junto à CBF e com isso ele assume a camisa 9 do Tricolor. “O dia começou muito bem. Quando acordei, via a mensagem do Fernando (Leite, supervisor do clube) confirmando o registro”, disse o artilheiro, pronto para a estreia. Resta saber quem sai do time: Néverton ou Paulo Renê. “Espero reviver aqui os bons momentos que tive, recentemente, no Figueirense”, completou Reinaldo.
Aos 33 anos, ele volta a jogar ao lado do amigo Lúcio Flávio. “Já jogamos juntos no São Paulo, em 2002, e no Botafogo, em 2009. Espero que a dobradinha volte a funcionar”, afirmou. Após uma temporada no futebol chinês, defendendo o Guangdong Sunray, o atacante garante que está preparado física e mentalmente para encarar o clássico. “Fui a Toledo acreditando que poderia jogar. Infelizmente, não deu. Estou muito bem e confiante numa temporada vitoriosa”, afirmou Reinaldo, de olho em duas metas: o título paranaense e a acesso à Primeira Divisão nacional. “O grupo está sendo formado com esse objetivo. Tem uma garotada muito boa e nós, os mais experientes, temos que dar sustentação para eles”. Goleador por onde passou, ele sabe que sua missão, no Tricolor, será balançar as redes adversárias.
O fato de ter a primeira oportunidade num clássico não assusta Reinaldo. “É até legal. Se os caras bobearem, deixo o meu”, avisou. O atacante já encarou o Atlético muitas vezes ao longo da carreira. Mesmo não tendo números precisos, acredita que o retrospecto é marcado pelo equilíbrio. “Pelo Flamengo, lembro que perdi muitas vezes. Sempre foi difícil enfrentar o Atlético aqui em Curitiba. Mas, pelo São Paulo, venci muitas vezes. A conta deve estar meio a meio”, avalia.
Com uma carreira vitoriosa, Reinaldo sabe que o torcedor paranista deposita muitas esperanças no seu futebol. Desde 2007, quando Josiel foi artilheiro do Campeonato Brasileiro (mesmo com o time rebaixado), o Paraná Clube não conta com um grande “matador”. Marcelo Toscano, em 2010, foi o único que conseguiu algum destaque vestindo a “9” do clube. “Vim pra fazer gols. Sei que posso ajudar também de outras formas, dando força para os mais jovens. Mas a minha grande virtude é o bom aproveitamento nas finalizações”, arrematou.
Toninho Cecílio lembra que, além de Reinaldo, em breve o Paraná terá também o argentino JJ Morales. “São jogadores com características distintas e que podem até jogar juntos. O importante é que o grupo está fortalecido. Temos, com eles, muito mais poder de fogo”, analisou o treinador, animado com o futuro do clube.