Os atletas da seleção brasileira de judô conheceram nesta sexta-feira as mudanças nas regras da modalidade, implantadas pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês). Eles têm sete dias para se adaptarem a elas até a primeira competição da temporada, o importantíssimo Grand Slam de Paris, que só vale menos pontos no ranking mundial que a Olimpíada, o Mundial e o Masters.
No último dia de treinos em São Paulo, no Projeto Futuro, no Complexo do Ibirapuera, a equipe recebeu uma palestra do árbitro internacional Edson Minakawa, que participou de um seminário técnico da IJF há duas semanas.
Entre as mudanças mais perceptíveis ao público estão a diminuição do tempo de luta no feminino para quatro minutos (o masculino segue tendo lutas de cinco minutos), um maior rigor quanto às saídas da área de combate, o aumento no tamanho da manga do quimono e a dupla pesagem.
A pesagem, que até 2012 acontecia na hora da luta, segue sendo feita um dia antes, como foi no ano passado. Mas agora, em cada competição, quatro atletas precisam se pesar novamente antes de subir ao tatame e não podem ter mais do que 5% do peso da categoria. Assim, na até 100kg, por exemplo, o judoca pode lutar com 105kg.
“Outro ponto importante é que, para dar mais dinamismo a luta, a projeção que, por conta da velocidade, causar dúvida se o adversário caiu totalmente chapado com as costas no chão ou com uma pequena porção dela lateralmente, será considerada ippon. Isso evita que se tenha que olhar quatro ou cinco vezes o replay em câmera lenta para definir se foi ou não ippon. Creio que ficará mais interessante”, disse Edson Minakawa durante sua apresentação.
“Acredito que todos os países terão as mesmas dificuldades. A diminuição de um minuto, ou seja, 20% do tempo de luta muda totalmente a formatação do treino. Essa semana de preparação foi importante e acho que viajamos bem preparados”, disse Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da CBJ.