Reginaldo Nascimento renova contrato com o Coxa

Não será por falta de capitão que o Coritiba vai sofrer na temporada 2004. Depois de uma certa demora, Reginaldo Nascimento renovou contrato e já está pronto para o seu sétimo ano com a camisa coxa. Ele era, segundo a diretoria, a prioridade das renovações, mas acabou sendo o último a acertar novo vínculo com o clube – não há nenhum jogador com pendências contratuais no Alto da Glória.

Desde que saiu em férias, na metade de dezembro, Reginaldo Nascimento recebeu propostas para deixar o Coritiba – ele era muito visado, pois ficaria livre no dia 1.º de janeiro, como de fato ficou. Ao mesmo tempo, ele definira que só falaria de contrato com o Coxa quando voltasse de Goiás, primeiro estágio de seu descanso (depois ele foi a Cambará, onde começou a carreira, jogando no Matsubara).

A primeira investida foi do futebol coreano. Era uma proposta bastante vantajosa -seria (Reginaldo não confirma) do mesmo clube que levou Valentim, Caio e Renaldo, ex-Paraná. Mas um detalhe tirou o interesse do volante. “Eles queriam que eu fosse para lá e fizesse um teste. Aí não dá”, conta Nascimento. Depois, veio o Grêmio. Mas o contato não foi longe, o que aproximou mais o capitão do clube que o acolheu em 1997.

Para a renovação, vários pontos eram favoráveis. Primeiro, a possibilidade de permanecer em Curitiba, em uma fase crucial na criação da filha Giovanna Lyssa, que recém completou um ano. Também pesou a temporada que fez no clube, e a valorização que, enfim, teve no Alto da Glória. “O ano passado foi muito bom, não tenho do que reclamar”, diz.

Para completar, o calendário cheio do Coxa. “Sem saber a fórmula da Copa Sul-Americana, nós já temos 68 jogos garantidos”, contabiliza o vice-presidente Domingos Moro. “O que o Coritiba tem este ano poucos clubes têm. É um diferencial”, confirma Nascimento. Tais vantagens facilitaram inclusive a renegociação, que foi tratada pelo jogador diretamente com o gerente Oscar Yamato. “Eu não tenho procurador, e isso me dá cada problema…”, brinca.

E a assinatura do novo contrato só não saiu antes porque houve desencontros. Quando da reapresentação, na segunda, Reginaldo (naquele momento sem vínculo com o Cori) foi liberado para resolver problemas particulares. No dia seguinte, ele seguiu direto para o CT, para realizar os testes físicos. “Um cara que deixa tudo e vem treinar merece o nosso respeito”, elogia o coordenador técnico Sérgio Ramirez. Não deu outra. Na tarde de sexta, Nascimento e Coritiba celebraram nova ligação, por mais um ano.

Lopes vai dando seu “perfil” ao time

Fernando; Danilo, Juninho e Nivaldo; Reginaldo Araújo, Reginaldo Nascimento, Luís Carlos Capixaba, Éder e Adriano; Luís Mário e Ricardo Malzoni. Pode ter sido apenas o primeiro esboço, mas é a primeira formação do Coritiba em 2004. Este onze foi usado no treino de ontem, no CT da Graciosa, no primeiro trabalho tático da temporada.

Antônio Lopes cobrou – e muito – durante o treino. “Não pode ficar perdendo gols na cara, chegou na frente tem que fazer”, disse em dado momento aos atacantes. Os primeiros movimentos do time mostraram que Lopes conhecia o trabalho tático de Paulo Bonamigo, tanto que montou os titulares no 3-5-2. Mas com uma diferença fundamental: Reginaldo Nascimento, definitivamente, abandonou a defesa e voltou à sua função.

Vantagem para Nivaldo, que aproveitou o espaço aberto na posição. E para Juninho, que começa a temporada como libero titular – sem Edinho Baiano e Odvan, ele disputará posição com Esmerode, que está sem ritmo e ainda não tem o visto de trabalho, mas que já disse que não tem problema em atuar em qualquer função da defesa. “Eu semprei joguei pela direita, mas não tenho dificuldades nem em ser líbero ou ?stopper? pela esquerda”, diz o uruguaio.

Se os zagueiros se deram bem, Roberto Brum acabou “sobrando”, já que perdeu a posição para Nascimento. Na segunda função, Capixaba assume a camisa de titular como esperado. Completando o meio-campo, aparece a grande surpresa dos primeiros dias de treinamento: Éder, que ganhou a disputa com o ?príncipe? Alexandre Fávaro. “Se ele não sentir o peso da camisa, será um grande reforço”, comenta um dirigente do Coxa.

Luís Mário, por enquanto, é o único titular do ataque. Ao seu lado treinou Malzoni, que ganha nova oportunidade com Antônio Lopes – na teoria, treinaria Josafá, mas o atacante está com bolhas nos pés e acabou poupado. O técnico também quer jogadores de referência, e por isso pediu a reintegração imediata de André Nunes e a vinda de mais um com essa característica.

Por isso, a intenção da diretoria em trazer um atacante de velocidade pode ser alterada. Como Lopes quer um centroavante (e não se sabe se Marcel fica no Coxa após o pré-olímpico), o “craque” especulado pela diretoria pode chegar de outro lugar.

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