Reginaldo Nascimento está de volta

“Você não sabe o alívio que eu senti, cara”. Quando fala que conseguiu cabecear uma bola, Reginaldo Nascimento se emociona. O capitão do Coritiba, totalmente liberado pelos médicos, está agora tentando vencer o receio de disputar jogadas com adversários e cabecear bolas mais fortes. É o que falta para ele mesmo se considerar pronto para voltar a jogar, e para isso ele transforma o amistoso de amanhã, às 17h, contra a seleção sub-20, em Joinville, em um teste para a própria resistência.

O drama de Nascimento começou no dia 20 de julho, quando o Coritiba enfrentava o Figueirense no estádio Orlando Scarpelli. Em uma dividida, o capitão alviverde cabeceou o rosto de um adversário, e “capotou??. Houve fratura e afundamento em três ossos da face, e ele teve que ser submetido a uma cirurgia às pressas. A remoção aconteceu ainda no dia do jogo, em um avião fretado. No trajeto do estádio Orlando Scarpelli até o aeroporto, o capitão teve hemorragia e inchaço no rosto.

Depois, era o tempo de recuperação – e o medo de novos choques. “Eu ainda tenho um certo receio, que é totalmente psicológico”, revela Reginaldo. No primeiro jogo que assistiu, ele ficou assustado. “Quando vi aquelas jogadas, pensei que não ia jogar nunca mais”, revela. Era a preocupação com as possíveis seqüelas da lesão, apesar de ele ter colocado pinos no rosto.

Passado o tempo de reclusão (ele ficou dez dias em repouso absoluto), Reginaldo voltou aos treinos, mas pouco tocava na bola, e cabecear, nem pensar. Mas a vontade de voltar começou a superar o medo. “Eu queria muito retornar, e acho que esse desejo me ajudou nesse período”, reconhece. O apoio dos companheiros também foi decisivo. “Nesses treinos, eles me poupam de jogadas mais bruscas”, conta o capitão, que também tem a ajuda de Antônio Lopes – que, em coletivos, chegou a berrar com Nascimento para que ele não se expusesse.

Com essa “ajuda??, Nascimento foi vencendo o receio. “É claro que ainda tem alguma coisa, mas não é nada clínico. Estou completamente recuperado, não sinto dores desde a operação”, garante. Por isso, ele ganhou a oportunidade de jogar. “É uma partida interessante, e eu quero testá-lo”, explica o Delegado. Se nada sentir, Reginaldo está liberado – e já quer jogar no próximo sábado, contra o Corinthians. “Só dependo do professor Lopes. Quero voltar logo”, finaliza o capitão.

Time

O Coritiba B está escalado pelo auxiliar técnico Antônio Lopes Júnior para a partida contra o Joinville – Antônio Lopes assistirá a partida das tribunas. A formação é a seguinte: Douglas; Tesser, Allan, Reginaldo Nascimento e Lira; Cacique, Juninho, Cléber e Malzoni; André Nunes e Alexandre Fávaro.

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