Reginaldo Nascimento confirma saída do Coritiba

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Capitão está negociando sua transferência para o Botafogo ou o Goiás.

E então? Afinal, Reginaldo Nascimento vai ficar ou não no Coritiba em 2005? A resposta não partiu da diretoria nem da comissão técnica, e sim do jogador.

Quando o capitão alviverde entrar em contato com o presidente Giovani Gionédis ou com o gerente de futebol Oscar Yamato, será para agradecer pelos sete anos de convívio e para dizer adeus. Mesmo garantindo não estar chateado, Nascimento está indo embora, devendo atuar no Botafogo ou no Goiás na próxima temporada.

Aproveitando o período de férias em Anápolis, interior de Goiás, o zagueiro continua aguardando o contato dos dirigentes do Coritiba. "Eles prometeram que iriam me ligar, mas até agora nada", afirma ele. Em contrapartida, Giovani Gionédis garante que o capitão é quem vai ligar. "Agora é um momento de parada, estamos esperando o momento de recomeçar as conversas", confirma.

E a falta de conversa representava aquilo mesmo que se imaginava – Reginaldo não faz mais parte dos planos alviverdes. "Eu acho que eles fizeram uma proposta para se justificar com a imprensa e com a torcida. Porque antes eles nem conversaram comigo, só depois do Brasileiro. E a oferta era muito, mas muito inferior ao salário que recebo atualmente. Não havia feito uma pedida alta, mas eles fizeram uma proposta para que eu recusasse", relata.

Esta situação não tira de Reginaldo Nascimento as boas lembranças do Coritiba. "Eu posso ficar um pouco chateado, mas não fico triste. Fiz muitos amigos, tive várias conquistas e criei um vínculo com o clube muito importante para a minha carreira. Eu fiquei chateado quando estava jogando e estas coisas aconteceram, mas agora passou", comenta o capitão.

Ele já começa a buscar novos horizontes. A primeira proposta que recebeu foi do Atlético Sorocaba, que vai disputar a Série A-1 do Campeonato Paulista. "Sou amigo do (técnico) Giba, mas não fiquei interessado", afirma Nascimento. Agora, os interessados são Goiás e Botafogo, do técnico (e amigo) Paulo Bonamigo. "Eu já tinha sido sondado pelo Goiás ano passado, a pedido do Celso Roth. Agora tem essa possibilidade do Botafogo", afirma.

Mesmo sem ter vínculo com o Coxa, Nascimento voltará a Curitiba no início do ano, para resolver pendências particulares. "Estou ligado à cidade e ao Coritiba, não vou me esquecer de tudo que construí nestes últimos sete anos", finaliza.

Pardal mantido na comissão técnica

O Coritiba buscou, buscou e acabou mantendo Sebastião Koslowski, o Pardal, como preparador de goleiros para a temporada 2005. Após tentar a contratação de Almir Domingues, que estava no Juventude, e acabar perdendo o profissional para o Atlético, a diretoria alviverde preferiu manter quem fez bom trabalho nesta temporada.

Após as manifestações irritadas do gerente de futebol Oscar Yamato, desta vez foi o presidente Giovani Gionédis a demonstrar indignação com Domingues. "O nosso preparador de goleiros foi contratado junto ao Juventude, acertou conosco e preferiu ir para o Atlético", atirou, sem citar o nome do profissional.

Gionédis também usou de poucas palavras para comentar uma possível contratação de Rafael Camarotta, aventada ontem pelo próprio ex-goleiro campeão brasileiro em 1985. "É mentira, isso não existe. Nosso preparador de goleiros será o Pardal", avisou o presidente coxa. "Como ele já conhece o trabalho do clube e tem qualidade reconhecida, vamos continuar com ele", explica o coordenador técnico Sérgio Ramirez.

Marcel é negociado com Portugal

Atlético? Paraná? Ao invés dos rivais de "sempre", o Coritiba teve dois vilões na temporada 2004, cada um de uma forma. Dentro de campo, o Sporting Cristal foi o responsável pela destruição dos sonhos de uma boa campanha na Copa Libertadores. Fora dele, os portugueses da Acadêmica de Coimbra e o Vitória de Guimarães tiraram jogadores que estavam no clube, como Danilo e Luís Mário – ou que poderiam voltar. Caso de Marcel.

O centroavante era o jogador pretendido pela diretoria alviverde para substituir Tuta, que já viera em fevereiro para suprir a ausência de Marcel, que fora negociado com o Samsung, da Coréia do Sul, por dois milhões de dólares. O ex-coxa conseguiu conquistar o título nacional.

Valorizado na Coréia, Marcel tornou-se caro para as pretensões brasileiras. O primeiro clube interessado foi o Atlético, ainda em setembro. As negociações esfriaram, e o Coxa passou a pensar em "repatriar" o centroavante. As primeiras conversas não renderam o que se esperava. "Nós não temos como competir com o futebol do exterior", disse o gerente de futebol Oscar Yamato.

Não deu outra. Marcel, que chegara a receber sondagens do Sporting, acabou sendo contratado pela Acadêmica, que está em posição delicada no campeonato português. Com contrato de três anos, o centroavante vai encontrar lá seu amigo Danilo – ambos vieram do Mirassol para o Coritiba em 1999, ainda para o time júnior. Eles terão Luís Mário, no Vitória de Guimarães, como adversário. Jogadores que se encaixariam plenamente nos planos de Antônio Lopes.

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