O elenco do Paraná Clube segue em constante mutação. Os reforços não param de chegar e ontem o zagueiro Marcos acertou com o clube até o fim do ano. Outros três devem ser apresentados ainda hoje. Um deles – o experiente atacante Catanha – já está em Curitiba e só não assinou contrato porque um pequeno ajuste ficou para ser definido em nova reunião. Também são aguardados o meia Joelson (Ituano) e o goleiro Marcos Leandro (Olaria). Se todos acertarem, o Tricolor fecha o ciclo de contratações com treze "caras novas" para a seqüência do Brasileirão.
A contratação de Marcos foi uma surpresa. Antes do jogo frente ao Juventude, a diretoria havia descartado a vinda de outro jogador de defesa, mas prevaleceu o pedido do técnico Lori Sandri. Adepto do 3-5-2, ele sempre deixou claro que queria no grupo um líbero de ofício. Marcos Joaquim dos Santos, 29 anos, se encaixa neste perfil e já trabalhou com o treinador no Vitória-BA, clube que defendeu entre 2000 e 2004. "Gosto desta função e o Lori me conhece muito bem", afirmou Marcos.
Pernambucano de Caruaru, o zagueiro iniciou sua carreira no Porto-PE e com apenas 19 anos transferiu-se para o exterior, passando por Portugal e Holanda, antes de retornar para o rubro-negro baiano. No início desta temporada, defendeu o Vasco da Gama, mas não conseguiu se firmar como titular. Sua última partida foi há vinte dias, justamente na eliminação do time carioca da Copa do Brasil, com a derrota por 3×0 para o Baraúnas. Marcos, 1,84m, assinou contrato até dezembro e a partir de hoje já começa a trabalhar no Tricolor.
A contratação de Catanha deve ser concluída ainda hoje. O atacante de 33 anos, com um currículo invejável, esteve ontem reunido com a diretoria no início da noite. Segundo o assessor de imprensa Moacir Domingues, a transação não foi concluída porque o atacante queria deixar sua esposa a par de tudo e ela está na Espanha. Catanha fez história ao se naturalizar espanhol para defender a seleção daquele país. Artilheiro do campeonato espanhol na temporada 2000/01, atuando pelo Málaga, ele está há dez anos no exterior. Henrique Guedes da Silva, 1,77m, é natural de Recife e iniciou sua vitoriosa caminhada no São Cristóvão-RJ.
O acerto com mais um matador é sinal claro de que dispensas ocorrerão, apesar da diretoria sair pela tangente sobre o tema. No último sábado, Renaldo deixou o campo visivelmente nervoso e teria manifestado, para amigos, o desejo de deixar o Tricolor. Os outros atacantes do grupo são Borges, André Dias e Wellington Paulista.
Matemática dos ?bichos?
O presidente José Carlos de Miranda voltou a negar que o clube tenha oferecido percentual de transações de seus atletas a ex-treinadores do clube. ?Nós oferecemos, isso sim, uma premiação no caso de o clube obter um crescimento financeiro?, justificou. ?Seria algo como participação nos lucros da empresa?.
Há alguns anos, o Paraná já não paga ?bicho por vitória.? Há uma premiação, sim, mas calculada sobre objetivos alcançados. ?Até pagamos um percentual após as vitórias, mas tudo é deduzido do prêmio final.
