Reforço alviverde preferiu jogar no Coritiba

Não teve para Grêmio, nem para Internacional. O meio-campista Cléber, apresentado ontem como reforço do Coritiba, está feliz por sair de seu estado e ganhar a “chance da vida”, como ele mesmo diz, em um clube de primeira divisão.

Aos 27 anos, o jogador gaúcho deixa a Ulbra, vice-campeã estadual, para recomeçar a carreira em um time grande. E ele sabe que a hora é essa.

Com a carreira iniciada no Grêmio, Cléberson Luciano Frolich, natural de Novo Hamburgo, chegou a jogar no futebol espanhol, em equipes menores. Depois, peregrinou pelo interior do país, e só agora conseguiu se projetar, disputando o campeonato gaúcho pela Ulbra, de Canoas. “Foi um bom momento da minha vida, principalmente porque abri de novo as portas para os grandes clubes do país”, comenta.

Cléber recebeu a primeira sondagem do Coritiba, e por critério preferiu ir até o final das negociações, sem nem mesmo ouvir as propostas de Grêmio e Inter. “Eu nem gostaria de falar nisso, mas realmente eu fui sondado. Mas o interesse do Coritiba me deixou faceiro, e eu resolvi acertar”, conta ele, usando um adjetivo peculiar dos gaúchos.

Para o vice-presidente Domingos Moro, uma prova positiva do caráter do jogador. “Ele é um atleta diferenciado. É experiente, já passou pelo exterior, tem família e filhos, e por isso tem uma consciência maior. Até na conversa você sente isso”, elogia o dirigente coxa.

Cléber é meia-esquerda, com as características sonhadas pela comissão técnica do Coritiba. “Eu trabalho bem a bola e tenho facilidade no arremate”, explica. “A gente recebeu referências muito boas dele, e agora é ver como vai ser o seu rendimento dentro de campo”, diz o técnico Antônio Lopes. Mesmo que seja registrado a tempo na CBF, ele não deve ficar à disposição para o clássico de sábado contra o Paraná.

E, além de ganhar a chance da carreira, Cléber tem a oportunidade de atuar com Tuta, Luís Mário e Aristizábal. “É muito bom saber que vou ter companheiros desse nível ao meu lado. Assim é mais fácil jogar”, festeja o armador, que assinou contrato até o final do ano.

Rafinha ganha espaço no Coxa

Jucemar continua machucado. E se nos primeiros dias após a lesão do lateral, o técnico Antônio Lopes ainda tinha dúvidas, hoje é certo que Rafinha assumiu a posição no time titular, e estará em campo no clássico de sábado com o Paraná Clube. E, garante ele, bem mais tranqüilo que contra o São Caetano, a primeira partida que fez no Couto Pereira.

Rafinha não esconde que sentiu a ansiedade típica dos jogadores jovens às vésperas da estréia no time profissional. “Eu fiquei bem ansioso na partida contra a Ponte Preta (a primeira que jogou) e depois com o São Caetano, que era a minha primeira partida dentro de casa”, confessa o lateral-direito.

Isso porque, aos 18 anos, Rafinha viu repentinamente seu foco mudar. Ele era apenas um jogador das categorias fundamentais do Coritiba quando foi pinçado por Antônio Lopes. A possibilidade de jogar nas duas laterais abriu caminho para ser titular da lateral-esquerda contra a Ponte Preta. “Eu tenho que agradecer a força que o professor Lopes me deu, principalmente no primeiro jogo”, admite o jogador.

Depois, ele firmou-se como lateral-direito, tornando-se o imediato de Jucemar. A força no apoio e o vigor na marcação agradaram Lopes, que o escalou contra São Caetano e Grêmio. As boas atuações o deixam mais tranqüilo, mas Rafinha diz que não se considera o titular. “Eu estou ajudando. O Coritiba tem jogadores de muita qualidade, e ninguém pode se sentir titular absoluto”, afirma.

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