Red Bull compra Jaguar e disputa Mundial da F-1

São Paulo – O grid do GP da Austrália de 2005, etapa de abertura do Mundial, terá 20 carros. Ontem, a Ford confirmou a venda da sua equipe, a Jaguar, para a empresa austríaca de bebidas energéticas Red Bull, bem como a Toyota oficializou que fornecerá seus motores para a Jordan. No último dia de inscrições para o próximo campeonato, ontem, Red Bull e Jordan garantiram presença.

Como numa novela em que no último capítulo as relações indefinidas têm um final feliz, a Fórmula 1 assistiu, ontem, ao desfecho positivo do futuro de dois de seus times, Jaguar e Jordan. Assim, Ferrari, BAR, Renault, Williams e McLaren não precisarão inscrever um terceiro carro nas 19 etapas da temporada de 2005. "Fechamos o negócio no fim de semana", declarou Dietrich Mateschitz, proprietário da Red Bull, empresário que emprega 1.850 pessoas e faturou, ano passado, US$ 1,6 bilhão.

A Ford não divulgou o valor pago por Mateschitz, mas informou que a Cosworth, a eficiente empresa do grupo responsável pelo projeto, construção e desenvolvimento de motores de competição, foi vendida para os dois norte-americanos que, hoje, administram a Champ Car, Kevin Kalkhoven e Gerald Forsythe. Todos os motores da categoria provêm da Cosworth.

A atual estrutura da Jaguar, em Milton Keynes, a poucos quilômetros de Silverstone, na Inglaterra, será mantida pela Red Bull. Dois diretores da atual equipe também, Tony Purnell e David Pitchforth. "Correremos em 2005 com o motor Ford, mas para 2006 prevejo mudanças", disse Mateschitz. Seu amigo, o ex-piloto Gerhard Berger, já foi convidado para assumir a direção esportiva da Red Bull. Como Berger trabalhou até este ano como diretor da BMW, são boas as chances de a Red Bull se associar à BMW, como faz a Williams. A Michelin deverá continuar fornecendo pneus ao time. "Nosso carro foi projetado para esses pneus", revelou Purnell.

O dirigente falou a respeito dos pilotos da Red Bull: "Não temos pressa." Mateschitz, contudo, comentou que seria lógico dar uma segunda oportunidade ao austríaco Christian Klien que obteve apenas 3 pontos este ano. Será ele quem fará os primeiros testes da Red Bull, de 24 a 26 em Barcelona. David Coulthard, sem emprego, pode ser aproveitado por conta de sua experiência, útil para o momento da escuderia. No futuro, Mateschitz terá um piloto norte-americano, visando ampliar a participação da Red Bull no mercado dos EUA.

ToyotaA redução de custos decorrente do novo regulamento já está dando resultado. "Não há dúvida de que a economia proporcionada colaborou para tornar o acordo com a Jordan possível", afimou Tsutomu Tomita, diretor da montadora. Os motores em 2005 deverão ser utilizados em duas etapas do campeonato e não apenas uma, como este ano. Segundo a revista inglesa Autosport, Eddie Jordan pagará US$ 7 milhões à Toyota, uma pechincha.

A Sauber desembolsa US$ 20 milhões para a Ferrari pelo uso de seus motores. A direção da Toyota desmentiu que o negócio implica a aceitação pela Jordan de um piloto do seu interesse.

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