Tudo indefinido

Recurso para anulação do Campeonato Paranaense ainda não entrou em pauta no STJD

Essa é a cara do Campeonato Paranaense 2017. Enquanto isso, a bola vai ficando em segundo plano. Foto: Albari Rosa

O Campeonato Paranaense já está se encaminhando para o seu término. Porém, restando apenas mais três jogos, sendo a volta da semifinal e as duas partidas da grande decisão, a competição ainda não sabe exatamente qual será o seu futuro. Mesmo com os confrontos acontecendo normalmente, ainda existe a possibilidade de tudo o que aconteceu na segunda fase simplesmente não ter nenhuma validade e todos as partidas terem que ser realizadas novamente, mas com outro chaveamento.

Tudo por conta da confusão do caso Getterson, do J. Malucelli, e também do pedido do Paraná Clube e do Cascavel para que o regulamento da competição seja cumprido e, assim, o primeiro colocado enfrentar o oitavo, o segundo o sétimo e assim sucessivamente.

Relembrando rapidamente o caso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu no dia seis de abril que o Jotinha perderia 16 pontos por conta da escalação irregular de Getterson e, consequentemente, estaria fora do mata-mata do Estadual. Só que para não interferir em todos os confrontos das quartas de final, o Tribunal decidiu que o Rio Branco, que automaticamente se classificou para a segunda fase, entraria na quinta posição e enfrentaria o Londrina, mesmo com pontuação para, na verdade, ocupar o oitavo lugar e, assim, jogar contra o Paraná Clube.

Por conta deste descumprimento do regulamento, o Tricolor e a Serpente pediram uma medida cautelar ao STJD exigindo que as quartas de final sejam canceladas e comecem novamente. O processo foi aceito e agora um novo julgamento terá que ser realizado para definir se o campeonato segue como está ou se haverá a reformulação no chaveamento.

“Estamos confiantes que nosso direito vai ser reconhecido. Mas a consequência eu não posso dizer qual é. Trabalhamos com a possibilidade de voltar os jogos”, explicou o advogado do Paraná Clube, Alessandro Kishino.

O problema é que o processo ainda não entrou na pauta do STJD, que ainda não tem data para julgá-lo. A tendência é que, na melhor das hipóteses o caso seja apreciado na semana que vem, quando já serão conhecidos os dois finalistas do Estadual. Em caso de cancelamento da segunda fase, seriam necessárias quatro novas datas para conseguir terminar a competição.

“A gente sabe que essa semana eles vão reunir e a tendência é que até quinta-feira eles tenham uma definição da data da próxima pauta. Eles até tentaram agilizar a situação para evitar um problema maior, tanto que a pauta que julgou o J. Malucelli foi em sessão extraordinária. Mas esses feriados acabaram atrapalhando um pouco”, acrescentou Kishino.

Ou seja, com menos de três semanas para o término dos principais estaduais, o Campeonato Paranaense não sabe qual será o seu destino. E o campeão muito menos se, de fato, terá a taça valorizada no dia 7 de maio. O problema maior é que, á medida que o tempo vai passando, os clubes vão se desfazendo do elenco, casos de Prundetópolis e Rio Branco, que já dispensaram alguns jogadores, além de que, caso o campeonato retorne, os dois finalistas podem se sentir prejudicados e entrar com outra ação.

“(os finalistas) Poderiam entrar sim, mas depende de como o STJD vai avaliar o caso, se vai permitir que tenha recurso ou se é definitivo. Mas isso está atrapalhando todo mundo e de qualquer forma o campeonato vai acabar com um ponto de interrogação”, completou Kishino.

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