Vôlei

Recuperação brasileira e público abaixo do esperado marcam dia 1 da Liga Mundial

O público na Arena foi abaixo do previsto. Foto: Albari Rosa

Podia ser o jogo de recuperação do Brasil. Ou mesmo a evolução de Bruno, que assumiu definitivamente seu posto de líder de uma geração intermediária, aliando veteranos e novatos. Também podia ser a beleza da estrutura da Liga Mundial de Vôlei Masculino, conquistando os estrangeiros. E, claro, as famílias – muitas crianças, mães com filhos, casais da melhor idade, um público que não se vê num estádio de futebol. Mas além de todas estas cenas marcantes, o que também marcou o primeiro dia da fase final da Liga Mundial foi a falta de público.

Veja como foi a vitória do Brasil sobre o Canadá!

Razões, há muitas. Os ingressos não são exatamente baratos. Para assistir as partidas da fase de grupos, que começaram ontem e vão até amanhã, as cadeiras superiores custam R$ 95 e as cadeiras de pista R$ 190 – estas, mais caras mas muito mais interessantes, pois o primeiro anel da Arena está fechado e realmente fica muito longe para assistir uma partida de vôlei do segundo anel do Joaquim Américo. Na semifinal, o preço sobe para R$ 126 e R$ 252, e na decisão, no sábado à noite, para R$ 158 e R$ 316.

Os jogos acontecem à tarde, por conta da televisão – brasileira e estrangeira, principalmente europeia, que tem interesse na cobertura do evento. E são no decorrer da semana porque são necessárias cinco datas para a resolução da Liga, três para a fase de grupos, uma para a semifinal e outra para a final. Mesmo com boa parte das escolas em férias, não é todo mundo que pode vir passar a tarde e o início da noite acompanhando as partidas.

E para completar, há o frio. A temperatura média no jogo de ontem entre Brasil e Canadá foi de 13 graus, com sensação bem menos – e isso com o teto da Arena fechado. Como as normas da Federação Internacional de Vôlei obrigam a realização de partidas apenas com temperatura entre 16 e 26 graus, foi preciso instalar aquecedores perto da quadra para “esquentar as partidas” – e esfriar a cabeça de algumas delegações, que se irritaram com as condições de jogo.

O resultado foi a Baixada com pouca gente. Na pista a ocupação era grande, mas nas cadeiras superiores havia muito espaço. O público previsto, próximo a 30 mil pessoas, pode ser esperado apenas para as semifinais – e para a final, caso o Brasil chegue lá.

Na semifinal, a seleção treinada por Renan dal Zotto praticamente se garantiu com os 3 sets a 1 de ontem (parciais de 25/21, 17/25, 25/19 e 25/19) diante do Canadá. Se mostrou certa dificuldade, principalmente no passe e no saque, nos primeiros dois sets, depois o Brasil encaixou seu jogo, principalmente com Bruno chamando a responsabilidade de liderar o time no papel de levantador e de jogador mais experiente.

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“Como qualquer estreia começamos nervosos, mas ao pouco fomos entrando no jogo. O time soube se recuperar. Ainda estamos sofrendo com a irregularidade, demos muitos pontos de graça no segundo set, mas a partir do terceiro tivemos paciência, passamos a enfrentá-los. Aos poucos no jogo fomos tendo essa lucidez e este resultado nos dá tranquilidade para descansar e nos preparar para enfrentar os russos”, comentou o capitão brasileiro.

A próxima partida da seleção é amanhã, às 15h, diante da Rússia. Vencendo dois sets, o Brasil se classifica para a semifinal. Mas a vaga pode vir até sem entrar em quadra – se hoje a Rússia vencer o Canadá, ou se os canadenses vencerem por 3 sets a 2, os donos da casa se garantem sem precisar de qualquer resultado. Mas certamente esperando mais gente na Arena.

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