Uma ?bomba? está pronta para sacudir o futebol brasileiro. Segundo a imprensa paulista, a Record estaria próxima de uma ?cartada decisiva? para comprar os direitos de transmissão do Brasileirão. A emissora deve oficializar hoje, em encontro com o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, uma proposta de R$ 1 bilhão por ano pela competição.

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Representantes da Record já teriam apresentado diretamente aos dirigentes dos clubes a proposta bilionária para, então, formalizá-la ao Clube dos 13.

Essa estratégia, inclusive, teria como principal objetivo evitar uma reação da Globo, como aconteceu nas negociações pelo Paulistão. Apesar de a Record se mostrar disposta a pagar o dobro que sua concorrente, a emissora carioca foi obrigada a equiparar os valores e ainda convencer os dirigentes dos clubes.

Fator determinante

Mesmo que a Globo seja uma espécie de ?fiadora? dos clubes brasileiros ao adiantar o pagamento de cotas de transmissão conforme os interesses, esse argumento deve perder peso na discussão sobre o novo contrato.

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?Nós temos contrato (com a Globo) até o final de 2007. Então vamos ouvir as propostas e ver qual delas nos interessa. Eu acredito que temos muito a crescer em relação ao valor do contrato e esse será um fator determinante para fecharmos um novo acordo?, afirmou Koff.

Exibição de jogos na TV aberta deve diminuir

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Além de uma proposta que é mais do que o triplo do que a Globo paga atualmente por ano, a Record também tem a seu favor o fato de sua grade de programação ser mais flexível. Dessa forma, partidas de meio de semana, por exemplo, poderiam começar mais cedo, conforme o interesse dos clubes.

Porém, independentemente de um novo acordo ser fechado com Globo ou Record, a detentora dos direitos de transmissão pode ter que diminuir o número de jogos exibidos na TV aberta, estratégia que o Clube dos 13 pretende adotar, após tentativas frustradas em 2002 e 2003.

?Se nós pudermos reduzir o número de jogos na TV aberta e mantivermos os preços, será ótimo. Mas a idéia é aumentar a arrecadação. Pretendemos aumentar a arrecadação sem aumentar o número de jogos na TV aberta. Essa arrecadação tem que ser completada com TV por assinatura e pay-per-view?, completou Koff.