Em viagem aos Estados Unidos, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tem sido questionado sobre o aumento da violência no Brasil e possíveis atrasos nas obras para a Copa de 2014. Ao público estrangeiro, ele tem garantido, conforme revelou em entrevista nesta quarta-feira, que os seis estádios que faltam para o evento do ano que vem ficarão prontos até dezembro e que o governo brasileiro vai mobilizar as Forças Armadas, a Polícia Federal e outros agentes para garantir a segurança durante a competição.

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O ministro está em Nova York para participar de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre esportes e seu papel de inclusão social. E aproveitou para visitar redações dos principais jornais dos Estados Unidos e agências internacionais, que mostraram preocupação com a segurança e com os atrasos das obras para a Copa de 2014.

“Tenho dito que a Copa do Brasil, se olhar a da África do Sul, ou a Olimpíada de Londres ou de Pequim, não será muito diferente. O que tem é muito trabalho, especialmente em um país continental”, afirmou Rebelo, em entrevista para a imprensa brasileira na tarde desta quarta-feira. Nesta quinta, ele fará uma palestra no evento da ONU, que reúne ministros de esportes e presidentes de comitês esportivos de todo o mundo.

Sobre segurança, Rebelo disse que o governo brasileiro já adquiriu os principais equipamentos para criar os centros de comando e controle de cada local que receberá os jogos do Mundial. Além disso, vai mobilizar as diversas polícias, além de Exército, Marinha e Aeronáutica. “Como cuidar da segurança de um País com 16 mil quilômetros de fronteira e oito mil quilômetros de litoral se não mobilizar as Forças Armadas?” O fato de o Brasil já ter organizado eventos internacionais de grande porte, como Rio+20 no ano passado, também ajuda a ganhar mais experiência em como trabalhar com a segurança”, ressaltou o ministro.

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Rebelo contou que o fato positivo que tem chamado atenção do pessoal no exterior foi o Brasil conseguir, depois de alguns meses de negociação, 50 mil ingressos de graça da Fifa para os jogos da Copa , que serão distribuídos pelo governo a públicos específicos de menor renda. “Estávamos correndo o risco de ter jogos em Manaus sem nenhum índio presente”, lembrou ele, destacando que os preços das entradas para eventos internacionais são em geral mais caros e parte da população não tem acesso.

Sobre a Copa das Confederações, que acontece agora de 15 a 30 de junho, Rebelo revelou que está praticamente tudo pronto, mas o evento deve atrair bem menos turistas estrangeiros que a Copa do Mundo no ano que vem. Segundo ele, apenas 2% dos ingressos foram vendidos para o exterior. Já no Mundial de 2014, só de jornalistas credenciados serão cerca de 18 mil, além de três milhões de entradas.

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Na entrevista desta quarta-feira, Rebelo explicou que os seis estádios ainda em construção para a Copa de 2014 serão entregues até dezembro, para que possam ser feitos os testes necessários antes dos jogos oficiais. As arenas são em Porto Alegre, Curitiba, Natal, Manaus, Cuiabá e São Paulo. “Viajo a cada três meses para esses locais, falo com prefeitos, governadores, engenheiros responsáveis pelas obras, para saber o andamento, conferirmos os equipamentos. Pelo que controlamos até agora, estamos no prazo para a entrega em dezembro”, avisou.

Rebelo também minimizou as críticas de que algumas dessas obras custaram bem mais que o esperado. Segundo ele, não são simples estádios de futebol, são arenas com restaurantes, lojas e locais para evento e com características sustentáveis, que acabaram encarecendo os projetos. Mas, avaliou o ministro, os investidores vão recuperar seus investimentos. Ele citou como exemplo a Fonte Nova, em Salvador, que vendeu os naming rights para o grupo Petrópolis, que fabrica a cerveja Itaipava, por R$ 10 milhões por ano.