O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta terça-feira que vai responder, também por carta, ao pedido de desculpas enviado na segunda pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Rebelo, no entanto, não quis antecipar se vai voltar a aceitar Valcke como interlocutor entre Fifa e Governo Federal nas discussões sobre a preparação para a Copa do Mundo de 2014.

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“Vou enviar uma carta ao senhor Valcke e não acho correto que ele tome conhecimento do conteúdo antes de recebê-la”, disse o ministro. Ele afirmou que vai enviar o documento nesta terça ou quarta-feira.

Rebelo, que participou de reunião de integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) com as autoridades brasileiras que organizam os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, afirmou ter recebido uma resposta da Fifa à carta enviada na segunda-feira pelo ministério do Esporte, em que Rebelo oficializa ao presidente da entidade, Joseph Blatter, o pedido de substituição de Valcke como interlocutor com o governo brasileiro. O ministro, no entanto, disse que ainda não tinha conseguido abrir a carta, por falta de tempo. Ele disse achar que o documento é assinado por Blatter.

Rebelo se esquivou de comentar se vai manter a posição de não receber Valcke na próxima semana, durante visita marcada do secretário-geral da Fifa ao Brasil. “Ainda não cuidei da minha agenda da próxima semana, só desta”.

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O ministro afirmou ter comunicado à Fifa que “é de grande interesse do Brasil fazer uma grande Copa, e que a cooperação com a Fifa é importante e necessária”. “Eu e o governo demonstramos isso o tempo inteiro, apenas em função das palavras usadas pelo sr. Valcker (sic), o diálogo com ele não seria mais possível. Em seguida recebi uma carta do sr. Valcker pedindo desculpa e vou respondê-la”, disse.

Ao contrário da entrevista coletiva de sábado, um dia após as declarações de Valcke, quando não citou seu nome e se referiu a ele o tempo todo apenas como “secretário-geral”, Rebelo chamou-o de Valcker por pelo menos três vezes. Menos tenso que no sábado, Rebelo chegou a rir em uma das respostas, perguntado sobre o teor da carta. “Acho que ninguém aceitaria tomar conhecimento de uma carta pela imprensa”, disse.

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Na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o ministro do Esporte vão receber, em Brasília, os representantes do COI, que cumprem agenda no Rio.