A Corte Arbitral de Esportes (CAS) vai julgar o caso da nadadora brasileira Rebeca Gusmão por possível uso de doping. Matthieu Reeb, secretário da Corte, com sede em Lausanne, na Suíça, revelou à Agência Estado que recebeu um pedido de esclarecimento da Federação Internacional de Natação (Fina) e vai designar juízes para avaliar o caso. "Podemos confirmar que recebemos um pedido da Federação Internacional para que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) esclareça o episódio", afirmou Reeb. O julgamento poderá ocorrer em até três meses. A CAS garante que Rebeca terá chance de apresentar sua versão. A CBDA também será ouvida antes que uma decisão seja tomada.
A nadadora está sob suspeita porque um controle antidoping realizado em maio de 2006 apresentou níveis anormais de testosterona, resultado confirmado na contraprova. Rebeca, que disputou o Pan do Rio, afirmou que não havia sido avisada do resultado dos exames.
A Fina se recusa a falar sobre o assunto. "Não vamos fazer nenhum comentário até que o caso esteja esclarecido. Fazemos isso para proteger o atleta e aplicamos essa regra a todos", disse um porta-voz da entidade, também com sede em Lausanne. A Fina não nega, porém, que está avaliando a situação. Pelas regras da entidade, um atleta pode ser suspenso por dois anos se o doping for comprovado. Na segunda violação, será banido do esporte.
O advogado de Rebeca, Breno Tannuri, disse ontem que a atleta não foi citada "pela CBDA, Fina, Wada (Agência Mundial Antidoping) ou CAS". ‘Não há nada a ser feito. Se tem algo, vamos ser citados. Se formos citados, vamos nos defender.’ Observou que a situação de Rebeca, com o assunto na imprensa, não é agradável. "Estamos guardando o material publicado. Se entendermos que houve abuso por parte da mídia, vamos tomar as providências cabíveis.