O futuro da nadadora Rebeca Gusmão está nas mãos do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) dizem especialistas em Justiça Esportiva. A atleta está em uma situação complicada após o anúncio, na segunda-feira, de doping por testosterona. Como além do caso de doping registrado no dia 13 de julho já existe uma investigação em andamento no TAS desde maio de 2006 pela mesma irregularidade, existe o risco de ser banida do esporte por reincidência.
Rebeca terá de se defender em duas frentes. Em maio do ano passado, ela foi ?reprovada? no exame antidoping do Torneio José Finkel por ter uma quantidade de testosterona acima do permitido no organismo. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) não levou o caso adiante porque Rebeca alegou ter ovários policísticos. Mas a Federação Internacional de Natação (Fina) não ficou satisfeita com o procedimento e pediu ao TAS para investigar o caso. Como o processo ainda não teve conclusão, Rebeca continuou competindo.
O problema aumentou, porém, quando a nadadora foi flagrada novamente por excesso de testosterona, no dia 13 de julho, no início do Pan do Rio. Agora, será julgada também por este caso. Para o advogado Marcílio Krieger, a situação pode se complicar bastante, se o processo do TAS for julgado antes do que está em andamento no Brasil. Para o advogado Heraldo Panhoca, o caso é complexo, especialmente porque nas duas ocasiões, o doping foi pela mesma substância.