Esta é apenas a terceira edição da Série B por pontos corridos. Mesmo assim, o Paraná Clube tem, neste breve histórico, alguns exemplos dos erros que não pode cometer nesta reta final da competição.
Faltam apenas sete rodadas e o Tricolor precisa de pelo menos oito pontos para afastar de vez o risco de rebaixamento. Com 37 pontos, o time do técnico Paulo Comelli ocupa o 14.º lugar, mas tem pela frente quatro duelos contra os clubes da ponta de cima da tabela.
Um quadro que fez a luz de alerta se acender na Vila Capanema após a derrota para o Brasiliense (3×1). Um temor justificável. Afinal, em anos anteriores, clubes que tinham uma situação muito mais confortável que a do Paraná acabaram amargando o descenso.
Em 2006, nesta mesma fase da competição (31.ª rodada), o Paysandu ocupava a 10.ª posição, com nada menos do que 41 pontos. Pois o time paraense derrapou feio, fez só mais três pontos e fechou o ano na 17.ª colocação e rebaixado para a terceirona.
No ano passado, outro clube tradicional do futebol brasileiro seguiu caminho parecido. O Santa Cruz caiu, nas sete rodadas finais, da 15.ª para a 18.ª colocação, somando apenas dois pontos neste período.
Curiosamente, tanto Paysandu quanto Santa Cruz seguem fora das principais divisões do futebol nacional.
Enquanto o representante do Pará – que já disputou até Libertadores – penou para se manter na Série C, o time pernambucano terá que garantir vaga no estadual para a quarta divisão, a inédita Série D.
Se Paysandu e Santa Cruz servem de alerta para aquilo que um clube não deve fazer numa reta final de competição, há exemplos positivos a serem seguidos.
Em 2006, a Portuguesa saiu da lanterna para fechar a temporada em 14.º lugar. Fez onze pontos nos sete jogos que disputou. O Santo André, ano passado, somou 14 pontos em igual período, saltando do 17.º para o 14.º lugar.
Os clubes paulistas, na contra mão daquilo que fizeram Paysandu e Santa Cruz, se reestruturaram. A Portuguesa voltou à Série A e o Santo André está bem perto de atingir esse objetivo nesta temporada.
O Paraná Clube – que projetava um retorno imediato à elite nacional – terá que se contentar, nesta temporada, com a permanência na Série B. Mas, para isso, ainda encara alguns desafios.
Afinal, dos sete jogos que lhe restam, o Tricolor tem quatro confrontos contra a turma de cima: Barueri, Corinthians, Santo André e Ponte Preta (esta, ainda sonhando com o G4).
Os outros jogos são contra São Caetano, que ocupa posição intermediária, o já rebaixado CRB e um “jogo de seis pontos” frente ao Gama. Somente com mais oito pontos, o torcedor paranista poderá enfim respirar aliviado e “passar a borracha” num ano para ser deletado da memória.
