A afirmação, ?muito ruins. Por isso caímos para a 2.ª Divisão?, seca e direta é de José Danilson Alves de Oliveira, presidente do Nacional, de Rolândia, considerando que ?foram os próprios jogadores os culpados pelo rebaixamento do time para a temporada de 2008?.
Entre um desabafo e outro, o dirigente elencou vários problemas pela queda do Nacional na competição. Mas em nenhuma delas disse que ?isso era desculpa pelo vexame?. Entre os alvos estavam a ?parceria mal sucedida com um empresário de jogadores? – Clóvis Dias, que mantém o Americano de Bacabal, no Maranhão. ?Ele é um cara sério. Só os jogadores que eles nos mandou eram sem qualidade?, disparou o cartola do Nacional. Outro problema foi a montagem do time durante a competição. ?Não conseguimos alcançar um padrão técnico razoável?, disse José Danilson, que só mudou o comando da equipe uma vez. O Nacional começou o Estadual tendo como técnico Danilo Augusto e terminou com Rafaelle Graniti.
Mas se o time era considerado ruim, sem conseguir a qualidade esperada, o presidente do time de Rolândia reclama também da Federação Paranaense de Futebol e da Comissão de Arbitragem. ?Dos sete jogos que tivemos na nosso estádio – Erick George, quatro foram marcados para a tarde, que não ajudou a trazer rendas para ajudar a pagar as despesas?, disse o dirigente explicando que a folha de pagamento do Nacional girava entre R$ 40 e 50 mil por mês. ?Jogamos sempre no vermelho. Mas ninguém ficou sem receber seus salários. Entre hoje (ontem) e amanhã (hoje) estou quitando as rescisões de todos?, afirmou.
Quanto à turma do apito, José Danilson reclamou que o time sofreu com vários erros dos árbitros, que ?acabaram também ajudando no rebaixamento do time?. ?Precisamos de uma reciclagem total na federação. Temos que tentar melhorar e muito para a próxima temporada. Este campeonato foi cheio de irregularidades, problemas que tiram a credibilidade de quem faz um trabalho sério?, disse o dirigente do Nacional, que além de vereador é presidente da Câmara Municipal de Rolândia.
Sobre o futuro do clube, José Danilson, disse que primeiro prefere ?esfriar um pouco a cabeça, para avaliar o que fazer?. ?Vamos disputar as categorias inferiores e nos preparar para a Divisão de Acesso do próximo ano?, completou o presidente do Nacional.
Só uma vitória, e fora de casa
O Nacional já foi campeão da Divisão de Acesso do Paranaense, em 2003, quando voltou à elite do Paranaense. Neste campeonato a equipe de Rolândia conquistou apenas uma vitória – diante da Portuguesa Londrina (1 a 0), em Londrina, e dois empates –
2 a 2, em casa contra Coritiba e Rio Branco. Nos outros 11 jogos, derrotas, e ainda protagonizou o primeiro WO do Estadual, contra o Iguaçu. A partida ficou sub-júdice. A diretoria do Nacional ?torce? para que o clube não receba uma multa, ou qualquer outra punição financeira.
?Já gastamos muito com advogados, recursos e custas processuais. Isso sem falar na medicação para os atletas e deslocamentos para tratar dos jogadores?, disse José Danilson Alves de Oliveira, presidente do Nacional. A questão do WO diz respeito ao jogo em União da Vitória, pela 12.ª rodada. Os jogadores do Nacional tiveram uma infecção estomacal no hotel onde estavam hospedados no dia da partida. Muitos jogadores acabaram hospitalizados. A FPF marcou a partida para o dia seguinte -domingo, mas a diretoria do time de Rolândia alegou que o grupo não tinha condições de entrar em campo, e voltaram para casa.