No primeiro capítulo do confronto de oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa entre Real Madrid e Manchester United a igualdade prevaleceu. Nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, as equipes ficaram no empate por 1 a 1, em jogo comandado pelo time espanhol no primeiro tempo e muito equilibrado na etapa final. Melhor para os ingleses, que garantem vaga nas quartas de final com um empate sem gols na partida de volta, no dia 5 de março, em Old Trafford.
Principal personagem do confronto, por ter atuado pelo Manchester United entre 2004 e 2009, Cristiano Ronaldo não decepcionou: foi o autor do gol madrilenho, aos 29 minutos do primeiro tempo, e responsável pelas principais oportunidades da equipe. Novidade de Alex Ferguson na escalação, Welbeck havia inaugurado o placar para os ingleses aos 18 minutos.
O primeiro bom momento da partida desta quarta foi do time da casa, com Khedira, que recebeu dentro da área e assustou o goleiro De Gea com um chute cruzado. O Real era melhor no início e aos cinco minutos acertou a trave. Após rebatida de Ferdinand, Fábio Coentrão bateu cruzado de direita. De Gea pulou e conseguiu desviar antes de a bola tocar a trave.
O Real se aproveitava dos avanços pelo lado esquerdo, nas costas de Rafael, que não fazia boa partida e dava muitos espaços para Coentrão e Özil. O time espanhol, no entanto, não conseguiu traduzir esta superioridade em gols.
Já o Manchester United marcou em sua primeira oportunidade. Aos 18 minutos, Rooney bateu escanteio pela esquerda, o goleiro Diego López ficou no meio do caminho, Sergio Ramos não acompanhou na marcação, e Welbeck subiu com tranquilidade para tocar no canto e abrir o placar.
O gol acordou o Real, que voltou a tomar conta do jogo. Cristiano Ronaldo levou perigo aos 27 min, após rebote em cobrança de falta batida por ele mesmo na barreira. Apenas dois minutos depois, o próprio atacante português deixou tudo igual. Ele recebeu cruzamento de Di María e subiu muito para cabecear com estilo no canto esquerdo de De Gea. O astro não comemorou o gol, em respeito ao seu ex-clube.
O Manchester cresceu após o empate, foi para cima e perdeu boas chances com Welbeck e Rooney. O jogo era muito movimentado e com oportunidades de ambos os lados. Aos 36 minutos foi a vez de Özil levar perigo ao gol de De Gea. Antes do intervalo Cristiano Ronaldo ainda teve mais um bom momento, mas as equipes foram mesmo para o vestiário empatadas.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: muito movimentado. O Manchester United tomou conta das primeiras ações, mas logo o Real Madrid cresceu e equilibrou. Aos sete minutos Di María aproveitou sobra de bola e, de fora da área, bateu com muito perigo.
O time da casa só não virou o placar aos 15 minutos porque De Gea fez milagre. Após cruzamento da direita, Coentrão mergulhou e, de carrinho, tocou para o gol. O goleiro do Manchester United se esticou todo e evitou o gol certo com o pé direito.
Talvez assustado com a pressão que o adversário iniciava, o time inglês se fechou e esperava um contra-ataque para chegar ao segundo gol, o que fez com que o ritmo da partida diminuísse. O Real até ficava mais com a posse de bola e acuava o Manchester, mas esbarrava no bloqueio armado à frente da área de De Gea.
A proposta inglesa quase surtiu efeito aos 26 minutos. Em um contra-ataque pela direita, Rooney achou Van Persie dentro da área. O holandês encheu o pé de direita, Diego López espalmou e a bola ainda tocou no travessão. No lance seguinte, novamente Van Persie quase marcou. Ele aproveitou erro de marcação da zaga madrilenha, dominou sozinho, mas bateu sem força. A bola quicou, encobriu o goleiro, mas Xabi Alonso evitou o gol de carrinho.
Cristiano Ronaldo, em três oportunidades, ainda tentou levar perigo para o gol de De Gea, que garantia o bom resultado para o Manchester com boas defesas. Apesar do esforço do atacante português, a partida se arrastou em ritmo lento até o final.