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Aurélio Almeida, dono do clube – empresa que pode desaparecer.

O Real Brasil não aceitará a suspensão e o rebaixamento à Divisão de Acesso, confirmados 4.ª-feira pelo pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. O advogado do clube, Alexandre Chemin, impetrará recurso segunda-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, numa última tentativa de salvar a equipe.

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A perda de 12 pontos, que determinou o rebaixamento, já é menos relevante para o time do empresário Aurélio Almeida. Anular a suspensão por um ano, agora, é questão de sobrevivência. ?Tentaremos recuperar os pontos, mas o caso tornou-se periférico. Para um clube-empresa, ficar 360 dias parado seria o mesmo que ter a falência decretada?, falou o defensor.

Na suprema corte da bola, Chemin insistirá na tese que o Real desconhecia a passagem do jogador Erinaldo da Silva Santos pelo Iguaçu com a identidade adulterada do irmão, Emerson da Silva Santos.

Para evitar a degola, uma última cartada será apelar para a discussão jurídica sobre a quantidade de pontos que o clube perderia. Uma interpretação alternativa do artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva defende que o número de pontos retirados depende do resultado do jogo em questão. Como o Real só somou um empate nas duas partidas de que Erinaldo participou, o advogado sugere que o clube teria descontado o dobro dos pontos ganhos em campo (ou seja, dois pontos a menos). Mas nas decisões mais recentes, a Justiça Desportiva tem retirado o dobro de pontos em disputa (ou seja, seis por partida), independentemente do placar. ?Lembraremos o caso do São Paulo, que perdeu só um ponto por ter usado o Sandro Hiroshi?, falou, referindo-se a outro famoso caso de ?gato? no futebol brasileiro, ocorrido em 1999.

Contrapartida

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A procuradoria do TJD-PR também não se satisfez com a decisão do pleno do TJD. Os procuradores estudam apresentar recurso no STJD pedindo endurecimento das penas. A 1.ª Comissão Disciplinar aplicou dois anos de suspensão para o Real.