Reação atleticana pára no Fluminense

O Atlético bem que tentou estragar a festa de aniversário de Renato Gaúcho, no Maracanã. Porém foi o técnico tricolor quem comemorou a vitória por 2 a 0 na noite de ontem. O resultado pôs fim à tentativa de crescimento do Rubro-Negro na competição e determinou a queda do time para a 16.ª posição, à beira da zona de rebaixamento, que é encabeçada pelo Flamengo devido aos critérios técnicos de desempate. As falhas defensivas da equipe paranaense em cobranças de bola parada foram determinantes para o resultado da partida e devem ser melhor trabalhadas para o confronto contra o Palmeiras, no próximo domingo, na Arena da Baixada.

Nos primeiros 45 minutos o Atlético se preocupou apenas em se defender e a falta de audácia em atacar resultou no crescimento do Fluminense. Até os 20 minutos, a marcação predominou e nenhum dos times armou alguma jogada de perigo. A partir daí, o Rubro-Negro apenas viu o adversário jogar e criar oportunidades, principalmente em cobranças de falta e escanteio. Aos 25, Thiago Neves recebeu bola no meio-campo e progrediu até a entrada da área. Como Edno não acompanhou, o jogador tricolor acertou um potente chute que obrigou Viáfara a fazer importante defesa. Nove minutos depois, o colombiano voltou a salvar o Furacão, ao espalmar uma cabeçada a queima-roupa de Roger. De tanto pressionar, o Fluminense abriu o placar. Aos 39, numa cobrança ensaiada de falta, Thiago Neves passou para Somália que, dentro da área, tabelou com Rafael e fuzilou.

Em todo o 1.º tempo, o Atlético chutou apenas duas vezes ao gol defendido por Fernando Henrique. Na jogada de maior perigo, o goleiro soltou a bola após um forte chute de Valencia, mas recuperou-se e impediu que Claiton complementasse.

Ney Franco reclamou muito da ?rifada de bola? do time atleticano, que insistia em fazer ligação direta da defesa para o ataque, o que propiciava a perda da bola e ofensivas tricolores. Esse foi o tom da conversa no vestiário durante o intervalo. Na volta ao gramado, o Rubro-Negro postou-se mais ofensivamente e passou a dominar as ações. Porém a posse de bola não era revertida em perigo ao Fluminense, que aceitava a pressão e tentava encaixar contra-ataques. E, aos 21 minutos, novamente a dupla Thiago Neves e Somália fez a diferença. O camisa 10 cobrou falta e colocou a bola na cabeça do artilheiro, que não desperdiçou a chance. Após o gol, o treinador atleticano fez três substituições para tentar reverter o prejuízo. Mesmo com as mudanças, o Furacão não encontrou forças para buscar o resultado e amargou mais uma derrota no Brasileirão.

O Atlético não está na zona de rebaixamento devido aos critérios técnicos de desempate do campeonato. O clube tem o mesmo número de pontos que o Flamengo e também se iguala no número de vitórias, saldo e gols pró. O que definiu o atual posicionamento da tabela foi o confronto direto entre as equipes. Como o Atlético venceu (2 a 0) o Flamengo, no 1.º turno, está classificado à frente da equipe carioca. Porém o time carioca tem ainda dois jogos a menos que Atlético.

Atlético volta a ?namorar? o rebaixamento

Fotocom
Ferreira só jogou no 2.º tempo. Mas não conseguiu ajudar o Atlético.

A escalada rubro-negra no Brasileirão foi interrompida pelo embalado Fluminense, que não perde há cinco jogos e ocupa a 8.ª posição. Ney Franco afirmou que o Atlético não fez uma boa apresentação e que o time carioca foi superior, principalmente na etapa complementar. Para o treinador, além das falhas de posicionamento no setor defensivo, as conclusões erradas foram determinantes para a derrota. ?No 2.º tempo mudamos o posicionamento e criamos oportunidades. Fomos mais ofensivos. E, em um jogo equilibrado, quando se tem oportunidades (de gol) tem que fazer?, ressaltou.

A derrota ligou novamente a luz de alerta no Furacão. Para se afastar da zona de rebaixamento, o Atlético precisa voltar a vencer e terá essa oportunidade jogando na Arena. Os dois próximos compromissos são contra Palmeiras e Paraná, jogos considerados fundamentais para a reabilitação atleticana. ?Nos dois jogos em casa temos que fazer o dever de casa e alcançar os 100% de aproveitamento?, avaliou Franco. Os jogadores partilham do mesmo pensamento que seu comandante. ?Dentro de casa as partidas serão determinantes e espero todo o apoio da torcida. O Atlético não vai ser rebaixado, pois quem veste a camisa atleticana tem vergonha na cara?, afirmou Netinho.

O próximo compromisso do Atlético, entretanto, não é pelo Brasileirão. Na quarta-feira, o time enfrenta o Vasco, no Rio de Janeiro, pela Sul-Americana. Para esse jogo, é provável que Ney Franco escale um time misto, pois alguns jogadores titulares sequer estão inscritos naquela competição. ?Conversamos com o Petraglia e a prioridade é o Brasileiro, Para se afastar da zona de rebaixamento o mais rápido possível?, explicou o treinador.

25.ª Rodada do Campeonato Brasileiro

Fluminense 2 x 0 Atlético-PR

Fluminense: Fernando Henrique; Rafael, Roger, Luiz Alberto e Júnior César; Romeu, Fabinho, David (Cícero aos 23? do 2.º)e Thiago Neves (Romeu aos 40? do 2.º); Alex Dias (Soares aos 29? do 2.º) e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.

Atlético PR: Viáfara; Rhodolfo, Antônio Carlos e Danilo, Jancarlos, Valencia, Ramon (Willian aos 22? do 2.º), Claiton e Edno (Netinho aos 22? do 2.º) , Ferreira e Pedro Oldoni (Marcelo aos 22?do 2?º). Técnico: Ney Franco.

Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro

Público pagante: 14.574 (total: 16.920)

Renda: R$ 141.662

Árbitro: Giulliano Bozzano (DF)

Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e Eremilson Xavier Macedo (DF)

Gols: Somália (F) aos 39 minutos do 1.º tempo e 21? do 2.º tempo

Cartões amarelos: Cícero (F) e Rhodolfo (A)

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