A questão psicológica continua sendo assunto central na seleção brasileira após jogadores como o goleiro Julio Cesar e o zagueiro Thiago Silva chorarem antes da disputa de pênaltis contra o Chile, no último sábado, no Mineirão. O volante Ramires, porém, negou que o time esteja abalado psicologicamente pela pressão de vencer a Copa do Mundo em casa e destacou que já viu jogadores ainda mais experientes chorarem em momentos de tensão.

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“Está sendo bastante falada essa questão psicológica. O que vivemos contra o Chile foi uma emoção diferente. Passei por isso numa Liga dos Campeões, com jogadores ainda mais experientes. É normal isso em um jogo. Trabalhamos isso antes da Copa com a (psicóloga) Regina Brandão. Todo jogador está preparado para o que vier. O que passamos servirá de mais motivação”, disse, em entrevista coletiva nesta terça-feira na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Assim, Ramires garantiu que a seleção estará ainda mais bem preparada se passar novamente pela pressão de definir uma classificação ou até o título mundial nos pênaltis. “Se vier outra disputa por pênaltis, estaremos mais bem preparados. Se passamos do Chile, é porque estávamos bem preparados. Jogamos 90 minutos, prorrogação, pênaltis, com 200 milhões de pessoas torcendo. O time está preparado para o que vier, seja questões extracampo ou emocionais. Estamos administrando bem isso”, afirmou.

O goleiro Victor também emitiu opinião parecida com a de Ramires. Ele negou existir abalo psicológico nos jogadores e avaliou que o choro significa que estão todos muito concentrados na luta pelo título mundial. “O pessoal põe isso como peso, mas vejo que estamos vivendo a Copa de forma intensa. E aí se extravasa através do choro. Mas não é ruim, o Julio Cesar chorou antes das cobranças (de pênaltis contra o Chile) e fez o que fez. Vejo isso como intensidade e orgulho de representar o Brasil”, comentou.

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Ramires destacou também que Felipão tem importante papel motivador dentro do grupo da seleção, tentando levantar a moral de jogadores que tiveram atuações ruins. “Ele motiva bastante, percebe quando o jogador se abate porque não rendeu o que se espera. Dá força nas reuniões, fala que confia, que está ao lado do jogador, para que possa ajudar com seu melhor futebol”, disse.