Pouco antes do final do primeiro tempo da partida entre Barcelona e Chelsea, nesta terça-feira, no Camp Nou, o placar apontava vitória do time catalão por 2 a 0. O resultado eliminava os ingleses, que estavam com um jogador a menos – John Terry havia sido expulso -, nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Mesmo com o cenário adverso e atuando diante da melhor equipe do futebol mundial, o time londrino conseguiu a reação, empatou por 2 a 2 e avançou à decisão.
“Acho que os méritos são da equipe, que não se abateu quando tomou os gols e logo correu para diminuir. Acho que o time todo está de parabéns pelo que fez hoje (terça)”, comentou o brasileiro Ramires, em entrevista à ESPN Brasil. “Colocaram que íamos tomar um chocolate do Barça, mas provamos o contrário. Vencemos em casa e empatamos fora, então sequer perdemos um jogo para eles. Isso deixa os jogadores motivados e felizes pelo que apresentamos. Muita gente não acreditava e sabemos quem torceu e acreditou de verdade. E os jogadores, mais do que ninguém, acreditaram”, completou.
Apesar da felicidade pela vaga e pelo gol marcado, o primeiro do Chelsea, que já garantia a vaga à equipe, Ramires lamentou o terceiro cartão amarelo recebido. Suspenso, ele não estará em campo no dia 19 de maio, em Munique, na decisão diante de Bayern de Munique ou Real Madrid – as equipes se enfrentam nesta quarta pelas semifinais e o Bayern leva vantagem por ter vencido na ida por 2 a 1.
“É difícil, a ficha ainda não caiu. Estou tão contente que não caiu a ficha sequer de que passamos. Mas claro que fico chateado de não ir para a final. Acho que Deus sabe o que faz. Se não era para eu disputar, não vou disputar. Mas o que importa é que passamos, é isso que vale”, comentou. “Nosso time é muito bom, com grandes jogadores. Estarei na torcida, bastante nervoso, mas o importante vai ser apoiar os companheiros que vão entrar para terem tranquilidade de jogar a final”, completou.
Autor do gol que selou o empate em 2 a 2, nos acréscimos do segundo tempo, Fernando Torres também celebrou a vaga na decisão. O espanhol já havia admitido a superioridade do Barcelona antes do confronto e, após a partida, comentou: “Nem sempre o favorito, a melhor equipe, é quem ganha. Sabíamos que precisávamos marcar muito o Barcelona. Não é o jeito mais bonito, mas são nossas armas”, avaliou.
Boa parte desta grande campanha do Chelsea na Liga dos Campeões pode ser creditada ao técnico Roberto Di Matteo. Ele assumiu a equipe interinamente no início de março, com a demissão de André Villas-Boas, e conseguiu transformar um grupo desacreditado, cheio de problemas internos, em finalista da principal competição europeia.
Após a partida desta terça, o treinador se disse “orgulhoso” de seus comandados. “Foi uma noite incrível para nós. A qualidade e os jogadores do Barcelona só nos deram mais motivação. Os jogadores souberam a hora de defender, de serem organizados, e se esforçaram muito nos dois jogos. Estou muito orgulhoso deles pelo que fizeram no confronto”, declarou Di Matteo.