Um grupo de cientistas peruanos alertou nesta semana para o risco de danos que podem ser causados pelo Rally Dakar a vestígios paleontológicos de mais de 20 mil anos, situados nas regiões de Arequipa e Ica.

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A corrida, que largará no dia 1.º de janeiro de Mar Del Plata, na Argentina, inclui o país no seu percurso pela primeira vez. “Nossa preocupação dirige-se a centenas de fósseis que estamos estudando, na zona atravessada. Os concorrentes desavisados podem passar por cima deles”, declarou Klaus HÂnninger, diretor do Museu Paleontológico Meyer HÂnniger.

Segundo o cientista, seria “gravíssimo” se estes vestígios fossem danificados. “Os organizadores mantêm secreto o percurso exato dos veículos, tendo como única preocupação a preservação de sítios arqueológicos como os das linhas de Nazca. Não levaram em conta os vestígios paleontológicos”, completou.

O Museu Paleontológico Meyer HÂnniger reúne mais de dez cientistas peruanos e estrangeiros que descobriram no deserto de Ocucaje, em Ica, fósseis de baleias, golfinhos, tubarões e outros restos de vida marinha de grande porte da época do Mioceno.

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A edição 2012 do Dakar terá 480 veículos inscritos, entre carros, motos, quadriciclos e caminhões, com concorrentes de 50 nacionalidades. O Peru receberá as quatro últimas etapas da prova, dos dias 12 a 15 de janeiro, e o percurso passará perto das cidades de Tacna (fronteira com Chile), Arequipa, Nazca, Pisco e Lima.

Após 29 edições na África entre 1979 e 2007, o Dakar foi cancelado em 2008, devido a ameaças terroristas na Mauritânia. Foi organizado pela primeira vez na América do Sul em 2009.

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