Depois de cinco etapas completas no Peru com direito a muitos acidentes e abandonos, principalmente por causa das dunas no deserto, o Rally Dakar chegou à Bolívia nesta quinta-feira. A competição off road mais importante do mundo teve a realização da sexta etapa com saída em Arequipa, ainda em território peruano, e chegada em La Paz, depois de 313 quilômetros cronometrados (760 no total), onde os pilotos encararam a altitude de mais de 3.600 metros acima do nível do mar e protestos da população.

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O dia foi marcado pelos confrontos entre a polícia e manifestantes que se opõem à realização do rali, na capital boliviana, ainda que estes não tenham afetado a prova. Cerca de 100 pessoas envolveram-se em confrontos com a polícia, que utilizaram gás pimenta e gás lacrimejante para dispersar as pessoas da beira da estrada, utilizada por pilotos e organização.

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Entre os carros, o francês Stéphane Peterhansel viu a sua larga vantagem na liderança cair um pouco com a vitória do espanhol Carlos Sainz nesta sexta etapa. O piloto da Espanha chegou à La Paz em primeiro lugar com o tempo de 2h53min30s, pouco mais de quatro minutos a mais que o rival da França.

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Na classificação geral, Stéphane Peterhansel segue com folga na primeira colocação, pois tem mais de 27 minutos de vantagem para Carlos Sainz. O problema é que o Rally Dakar entra agora em uma fase mais crítica com etapas na região da Cordilheira dos Andes.

Entre as motos, o argentino Kevin Benavides é o novo líder, fato inédito em toda a história da competição. Nesta quinta-feira, ele chegou em segundo lugar com 30 segundos de desvantagem para o francês Antoine Meo, vencedor da etapa com o tempo de 1h54min10s.

Com os resultados, o argentino destronou o francês Adrien van Beveren, que é agora o segundo colocado na classificação geral a 1min57s de Kevin Benavides.

Nesta sexta-feira, os pilotos terão o primeiro dia de folga antes de regressarem para mais duas especiais na altitude, em solo boliviano, em que vão correr acima dos 3.000 metros.