Rubinho e Montoya chegam para coletiva da FIA. |
Indianápolis -Deve ser feito apenas no final de julho, na Alemanha, o anúncio oficial de mais um segredo de polichinelo da F-1: a contratação de Ralf Schumacher pela Toyota. Os papéis já foram assinados na base de um acordo de três anos com salários estimados em US$ 6 milhões por temporada. É bem menos do que Ralf ganha hoje na Williams, algo em torno de US$ 12 milhões anuais ? como ninguém revela, esse valor varia dependendo da fonte numa faixa que vai dos US$ 9 milhões aos US$ 15 milhões; muito, de qualquer forma.
Ontem Frank Williams, dono de sua equipe, praticamente entregou que o alemão não fica lá em 2005. “É óbvio que precisaremos de pilotos no ano que vem”, disse, sublinhando o plural. A saída de Montoya é oficial, já que ele assinou com a McLaren no ano passado. A questão com Ralf é financeira e de relacionamento. Desde que sofreu um acidente em testes na Itália, no ano passado, o caçula dos Schumacher tem tido sua capacidade de pilotar colocada em dúvida pela cúpula da Williams.
Com orçamento na casa dos US$ 350 milhões anuais, a Toyota, que estreou em 2002, ainda não emplacou. Nunca venceu, nunca chegou ao pódio, e quando marca pontos, faz festa. Já teve duas duplas diferentes guiando seus carros: Allan McNish e Mika Salo no primeiro ano e Cristiano da Matta e Olivier Panis nas duas últimas temporadas.
Para 2005, é possível que os dois sejam trocados, também. Com a chegada de Ralf, deve sair o francês. O brasileiro, no entanto, não tem vaga garantida. A Toyota já falou em Villeneuve, Coulthard e até Ricardo Zonta, seu atual piloto de testes, como possibilidades para o futuro próximo. Cristiano, se quiser segurar o emprego, vai ter de conseguir bons resultados na segunda metade do campeonato.
Rubinho se diz orgulhoso
Rubens Barrichello disse ontem que ficou feliz por ter tentado superar Michael Schumacher durante o GP do Canadá. Ele ressaltou que nenhum parceiro do alemão jamais houvera feito ameaças como a que fez em Montreal. “Você já viu alguém tentar ultrapassar Michael, que fosse seu companheiro? Nunca”, declarou o piloto da Ferrari aos jornalistas, na entrevista coletiva da FIA. “Então provavelmente eu sou o primeiro, e devo ficar orgulhoso por isso”, completou Barrichello, que não se importa com o que sai na imprensa. A italiana, por exemplo, criticou a falta de atitude de Rubens.
“Estou aqui para correr por mim, para a Ferrari, para me divertir, e eu me diverti muito”, explicou Rubens, que herdou a segunda posição na prova pela desclassificação de Ralf Schumacher.
O paulista também foi questionado sobre o GP dos EUA de dois anos atrás, quando Barrichello e Schumacher cruzaram a linha de chegada juntos ? diferença de 0s011. “Não, acho que foi apenas o reverso do que aconteceu na Áustria (quando Rubens abriu nos metros finais para Michael passar). Eu sinto como se tivesse vencido na Áustria e ele, Indianápolis.”