A Renault começa a se preparar para uma fase de vacas magras na F 1, depois de desbancar a Ferrari no ano passado e de chegar à reta final da temporada 2006 com boas chances de conquistar os títulos de pilotos e construtores.
Após perder Fernando Alonso para a McLaren – o anúncio surpreendente foi feito no final de 2005 -, a equipe ficou com uma única opção de piloto de ponta para ocupar o lugar do espanhol: Kimi Raikkonen.
Foram feitas algumas tentativas de aliciar o finlandês, mas ele já tinha conversas adiantadas com a Ferrari, e nem mesmo a possibilidade de Michael Schumacher seguir com sua carreira parece ser, agora, um obstáculo a sua transferência para Maranello.
E ontem, o jornal Ilta-Sanomat (em português, ?Notícias da Noite?), da Finlândia, informou que Kimi Raikkonen fechou com a Ferrari por cinco anos. Raikkonen vai receber 160 milhões de euros até 2011 – 32 mi por ano. Um anúncio oficial deve sair logo depois que Michael Schumacher revelar o que fará em 2007.
Flavio Briatore tentou até o limite, mas a montadora não estava disposta a gastar mais do que seria razoável. Resultado: no ano que vem, a dupla do time francês deverá ser formada pelos medianos Giancarlo Fisichella, confirmado, e Mark Webber, em vias de.
O australiano está de saída da Williams e tem como empresário o mesmo Briatore. Que, apesar disso, nunca cogitou tê-lo como titular da equipe que dirige. A falta de opções, no entanto, vai acabar levando a isso.
Assim, com pilotos de segundo escalão pouco habituados a vitórias, a Renault tende a despencar de seu favoritismo, construído nos últimos anos sobre o talento de Alonso e a precisão e confiabilidade de seus carros. Afinal, são raros os casos em que títulos acabam nas mãos de pilotos medíocres graças exclusivamente aos carros que dirigem.
No passado recente, pode-se apontar apenas a conquista de Damon Hill em 1996. O inglês não tinha nada de especial, embora fosse competente, mas se valeu de uma superioridade de sua equipe à época, a Williams, que é difícil de se ver na categoria. Não é o caso da atual Renault, um time fortíssimo, mas não dominante.
Hoje, a partir das 6h (de Brasília), em Budapeste, começam os treinos para a 13.ª etapa do mundial, o GP da Hungria. Depois de três vitórias de Schumacher nas últimas três corridas, a diferença dele para Alonso caiu para 11 pontos. No travado circuito húngaro, a Renault sempre andou bem. A equipe aposta nessa prova para mostrar que não desandou e conter a reação da Ferrari para manter a ponta na classificação.
