Rafinha se apresento u após trinta |
O elenco do Coritiba iniciou a preparação para a partida contra o Engenheiro Beltrão, sábado, às 16h, no Estádio João Cavalcante Menezes (o jogo foi antecipado a pedido da televisão), com o grupo completo.
Além da inclusão de Jackson, Rodrigo Batatinha e Rubens Júnior, o lateral-direito Rafinha se reapresentou após trinta dias na seleção brasileira sub-20, que participou do sul-americano da categoria na Colômbia, e uma semana de férias. E ele deve ser uma das novidades do time no final de semana.
Depois de descansar, Rafinha garante que está pronto. "Estou bem, porque passo por um bom momento e satisfeito por defender mais uma vez a seleção", diz. Eu não tenho problemas para entrar em campo. Eu agüentaria normalmente os noventa minutos", diz o lateral. O técnico Antônio Lopes confirma que o jogador pode entrar em campo contra o Engenheiro Beltrão. "Pode ser, pode ser. Tenho que estudar, mas é uma possibilidade bem real", explica o Delegado, que vem usando James na posição.
Rafinha retorna com um mundo "diferente" – quando saiu para o sul-americano, ele era uma revelação local; agora, é uma realidade, com vaga quase assegurada para o mundial sub-20, que acontecerá em junho, na Holanda. "Tenho que continuar me preparando para jogar o mundial, não posso ficar pensando que estou garantido", afirma o lateral. "Se eu quiser estar na Holanda, preciso jogar muito bem pelo Coritiba."
Mas o jogador já percebe que o tratamento passa a ser diferente. "As pessoas já me cumprimentam mais, conversam bastante comigo, e eu fico feliz com isso", diz o lateral, que entretanto não pretende deixar que a "fama" rapidamente adquirida suba à cabeça. "Não posso deixar essas coisas ficarem me deslumbrando. Meu objetivo é ser o mesmo, continuar do meu jeito e provando em campo o meu valor", resume.
Valor que começou a interessar aos outros clubes. Mas Rafinha não sabe (ou prefere não saber) de nada, além de ter sido protegido com a "capa" da CBF durante o sul-americano. "Na seleção, não deixaram ninguém nos abordar, o que acabou sendo muito bom. Nós ficamos focados apenas nos jogos e na classificação para o mundial, que era o nosso principal desejo", afirma o lateral, que conquistou o vice-campeonato – sendo um dos destaques do Brasil.
Além dele, estavam na seleção os atleticanos Fernandinho e Evandro. E Rafinha diz que a convivência com eles foi tranqüila. "Nós nos entendemos bastante, já nos tornamos amigos aqui no futebol paranaense. Apesar da rivalidade, nós somos próximos, e temos o pensamento comum de buscar o melhor para nossas equipes e para a seleção", resume o lateral coxa, que agora volta seus olhos para o Cori. "Na minha cabeça, defender o Coritiba é a coisa mais importante a fazer neste momento", finaliza.
Jackson deve reestrear no domingo
Além de Rafinha, o técnico Antônio Lopes fará duas alterações na equipe para a partida contra o Engenheiro Beltrão. E são obrigatórias: Miranda e Reginaldo Vital estão suspensos. E se na vaga da defesa Vágner está confirmado, no meio-campo estará uma das novidades alviverdes – ou o jovem Fábio Lopes ganha sua primeira chance como titular, ou o experiente Jackson fará sua reestréia com a camisa coxa.
O Delegado começou a montar o time para a partida de sábado nos treinos de ontem. Na primeira movimentação tática, escalou Vágner na zaga e Jackson no setor de armação. A alteração defensiva já segue um método adotado no clássico com o Paraná. "O Vágner tem características mais próximas às do Miranda, enquanto o Alexandre parece mais com o Flávio. Por isso, nós vamos trabalhar assim", explica Lopes, confirmando a alteração.
No meio-campo, a dúvida, por mais estranho que possa parecer, confirma a nova tese tática do treinador – ele pretende sempre jogar com a trinca de armadores, que tem como titulares Marquinhos, Luís Carlos Capixaba e Reginaldo Vital. "Sem o Vital, vou querer usar um jogador de armação, para mantermos o esquema que está dando certo e a força ofensiva", justifica o Delegado.
A definição entre Jackson e Fábio Lopes ficará para os treinos, mas confronta dois estilos de jogo – se o mais experiente tem capacidade de cadenciar o jogo e deixar o time próximo ao titular (com Vital), o mais jovem pode dar maior poder de marcação e mais velocidade. "São duas situações que eu quero avaliar durante os trabalhos", confirma Antônio Lopes.
Nas outras posições, não haverá mudanças, até porque o Delegado vê o Cori em seu melhor momento. "Acho que conseguimos evoluir muito, e se mantivermos este ritmo será ótimo", resume ele, que sabe que toda melhora pressionará ainda mais o time. "Estamos tendo padrão de jogo, mas precisamos manter a cobrança para crescermos ainda mais", completa o capitão Reginaldo Nascimento.