Rafinha retorna ao Coxa no melhor momento da carreira

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Após ser um dos principais
destaques da seleção sub-20,
lateral volta ao time alviverde.

Ele deixou de ser promessa. O lateral Rafinha volta ao Coritiba depois da boa participação no Mundial Sub-20, e reestréia como um dos destaques do time no Campeonato Brasileiro. E o retorno, para ele, não poderia ser melhor – afinal, o jogador será uma das novidades do Coxa no Atletiba deste domingo, às 18h10, no Joaquim Américo. E ele garante que não pensa nem no futuro na seleção brasileira nem em uma possível transferência.

Rafinha percebeu que seu mundo mudou ao chegar na Holanda. "Eu estava sozinho na Europa e vi que tinha muita gente em nossa volta. Vários clubes, vários empresários, todos interessados em conversar com os jogadores. É uma situação que assusta", confessa o lateral, principal jogador da seleção brasileira no Mundial Sub-20. "Para mim foi muito bom, porque pude mostrar meu futebol", resume.

E as propostas que apareceram (e aparecerão) não o seduzem, pelo menos por enquanto. "Meu desejo é ficar no Coritiba. Estou muito bem, tenho um carinho pelo clube e sei o quanto eles gostam de mim", comenta o lateral, que no entanto admite que os negócios do futebol são implacáveis. "Sei que posso receber alguma sondagem, mas tudo será pensado pelo bem do Coritiba. Só sairia hoje se fosse algo bom para o clube", garante o jogador.

E ele prefere deixar os assuntos referentes aos negócios para seus procuradores, os sócios da Massa Sports – que são os primeiros a garantir que Rafinha fica no Coritiba pelo menos até o final do Brasileiro. "Eles estão cuidando disso. Nem gosto de ficar sabendo e da forma que eles assumiram eu posso me concentrar apenas no futebol", afirma. O lateral também valoriza a posição da diretoria alviverde. "O presidente e os dirigentes fazem tudo para que eu possa ficar focado somente no clube."

Tanto que Rafinha nem quer falar sobre o futuro. Aos 19 anos (completa 20 em 7 de setembro), ele não só pode ser uma novidade na seleção profissional como pode pensar claramente nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. "É claro que tenho sonhos e um deles é estar na seleção principal. Espero ser chamado, mas sei também que tudo que eu fizer pelo Coritiba vai ser analisado pelo (técnico Carlos Alberto) Parreira e pelo pessoal da CBF", diz.

Para ele, o importante agora é pensar no clássico. "É muito bom voltar ao time em uma partida como o Atletiba. Todo mundo espera uma partida como esta, um clássico, e nós acreditamos que podemos vencer o Atlético e continuar bem no Brasileiro", finaliza Rafinha.

Só mistério para o Atletiba

Manhã fria de quinta-feira no CT da Graciosa. Poucos se atreveriam a ir até lá acompanhar um treino do Coritiba, mesmo às vésperas de um Atletiba. E o técnico Cuca, sabedor deste fato, aproveitou para realizar mais um treino tático. À tarde, com os olhos da mídia voltados para o CT, o técnico fez o grupo relaxar, não realizou nenhuma movimentação específica e aumentou o mistério em relação à equipe que entra em campo no domingo. Agora, além das dúvidas de jogadores, surge uma dúvida tática.

Cuca usou o treino da manhã de ontem para trabalhar um sistema de jogo com apenas dois zagueiros, no caso Miranda e Flávio. "É uma possibilidade, que eu posso adotar tanto no começo do jogo quanto durante a partida. Os jogadores sabem atuar desta maneira e eu imagino que não teríamos problemas", comenta ele, que garante que tem a base da equipe já em mente. "A formação básica sim e podem ter certeza que será a melhor para o Coritiba", afirma.

E nesta base o Coxa conta com três zagueiros. Como era de se esperar, ontem Cuca treinou com Reginaldo Nascimento fechando a trinca e Vágner entre os reservas. "De qualquer maneira eu vejo o time rendendo bem defensivamente", desconversa o técnico alviverde. Esta será uma das definições que ele deixará para momentos antes da partida. A outra está no meio, onde Marquinhos e Jackson disputam uma vaga. "Treinei com os dois e também com o Caio. Todos são jogadores que podem atuar", diz.

E, ao contrário do que faz, Cuca trabalha o Cori sem saber como o adversário virá. Como Antônio Lopes ainda não indicou como o Atlético entrará em campo no clássico, o treinador coxa estuda várias opções. "E todas elas estão baseadas no Coritiba. Minha preocupação principal será sempre o Coritiba", resume.

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