Na estreia do português Paulo Bento no comando do Cruzeiro, quem roubou a cena no Mineirão foi Rafael Moura. O atacante marcou duas vezes e forçou o time mineiro a correr muito para arrancar o empate por 2 a 2 com o Figueirense, no Mineirão, em duelo válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

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Com o resultado, os dois times seguem sem vencer na competição, pois ambos haviam tropeçado na estreia. Mas a situação do Figueirense é um pouco melhor, pois o time chegou aos dois pontos, enquanto o Cruzeiro somou o seu primeiro.

O resultado, porém, poderia ter sido melhor para o Figueirense, afinal, o time abriu 2 a 0 se aproveitando dos vários erros do adversário e contando com a inspiração de Rafael Moura, que provocou a torcida adversária na comemoração do seu primeiro gol, relembrando a sua ligação com o Atlético Mineiro – iniciou a sua carreira no rival do Cruzeiro e está vinculado ao clube. E o dia poderia ter sido perfeito para ele, não fosse uma chance desperdiçada, nos minutos finais, de marcar o seu terceiro.

O Figueirense, porém, não conseguiu sustentar a vantagem diante do Cruzeiro, que mesmo sem muita inspiração conseguiu arrancar o empate diante do seu torcedor no Mineirão, compensando uma atuação em que teve o domínio do jogo, mas sem ser efetivo. Assim, contou com um golaço de Élber e a esperteza de Douglas Coutinho para ao menos não ser derrotado em casa após estar perdendo por dois gols de diferença.

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Cruzeiro e Figueirense voltarão a jogar pelo Brasileirão na próxima quarta-feira. O time catarinense receberá o Santos no Orlando Scarpelli, enquanto a equipe mineira duelará com o Santa Cruz no Arruda.

O JOGO – O Cruzeiro enfrentou dificuldades no início da partida em função do excesso de passes errados, mas criou uma ótima chance logo aos sete minutos, quando Bruno Ramires encontrou Arrascaeta, que só rolou para Pisano finalizar no meio do gol, facilitando a defesa de Gatito Fernández.

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O time, porém, só voltou a ameaçar aos 20 minutos, em uma finalização de longe de Federico Gino, que Gatito teve certa dificuldade para defender, jogando a bola para escanteio. Logo na sequencia, na base da pressão, o Cruzeiro quase marcou. Aos 22, Gatito espalmou finalização de Pisano. Na sequência, Henrique experimentou de fora da área, mas acertou a defesa adversária.

Apesar do domínio da posse de bola, o Cruzeiro tinha dificuldades de penetrar na defesa adversária. Por isso, o time só voltou a ter uma chance de gol aos 35 minutos. E foi uma grande oportunidade, desperdiçada por Arrascaeta, que escorou mal um bom cruzamento de Bruno Edgar, mandando a bola por cima da meta adversária.

Até então só preocupado em se defender, o Figueirense foi mortal em um contra-ataque, aos 40 minutos. Ferrugem acionou Jefferson, que cruzou para Rafael Moura, com um peixinho e livre da marcação, colocar o time de Florianópolis em vantagem.

O Figueirense aproveitou o excesso de erros do Cruzeiro para ter as primeiras chances de gol da etapa final. Aos cinco minutos, Jocinei chutou forte de longe, impondo dificuldade a Fábio, que espalmou a bola. Pouco depois, o time visitante marcou o seu segundo gol, novamente com Rafael Moura, de cabeça, após cobrança de escanteio de Bady, aos nove.

A resposta do Cruzeiro, porém, foi imediata e com um golaço. Aos dez minutos, Élber fez fila ao passar por Jocinei, Jaimes e Bruno Alves e finalizou na saída de Gatito para manter o time mineiro vivo na partida. O gol empolgou o Cruzeiro, que conseguiu arrancar o empate aos 17 minutos, quando Sánchez Mino cruzou para Douglas Coutinho, que havia acabado de entrar em campo e aproveitou falha da defesa do Figueirense, cabeceando a bola para as redes.

As falhas defensivas, aliás, continuaram ocorrendo, a ponto de o Figueirense quase ter desempatado o placar aos 18 minutos, após um erro na saída de jogo, com Guilherme Queiroz chutando cruzado para a defesa de Fábio.

Esse lance foi um indicativo que a empolgação do Cruzeiro pelo empate não se transformaria em pressão sobre o Figueirense, pois, apesar do espírito de luta, o time produziu pouco. Tanto que a equipe só ameaçou efetivamente o adversário aos 35 minutos, quando um cruzamento de Bruno Ramires não conseguiu ser completado por Douglas Coutinho e Allano.

Assim, a principal oportunidade do final do jogo, aos 40 minutos, foi do Figueirense e mais uma vez com Rafael Moura. Dessa vez, Dudu lançou o centroavante, que perdeu grande chance ao bater em cima de Fábio, que defendeu a bola com o peito. Assim, a partida terminou empatada em 2 a 2.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 2 x 2 FIGUEIRENSE

CRUZEIRO – Fábio; Federico Gino, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño; Henrique, Bruno Edgar, Élber, Pisano (Douglas Coutinho) e Arrascaeta (Allano, depois Ariel Cabral); Willian. Técnico: Paulo Bento.

FIGUEIRENSE – Gatito Fernández; Jefferson, Bruno Alves, Jaime e Marquinhos Pedroso; Elicarlos, Ferrugem (Dudu), Jocinei e Bady (Michael Ortega); Guilherme Queiroz (Ermel) e Rafael Moura. Técnico: Vinícius Eutrópio.

GOLS – Rafael Moura, os 40 minutos do primeiro tempo e aos nove do segundo tempo; Elber, aos dez, e Douglas Coutinho, aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Wagner Reway (MT).

CARTÕES AMARELOS – Bruno Viana, Sánchez Mino e Ariel Cabral (Cruzeiro); Marquinhos Pedroso (Figueirense).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Mineirão, em Belo Horizonte (MG).