O triunfo da Lazio sobre a Roma, por 2 a 1, no clássico disputado neste domingo, na capital italiana, foi manchado por atos racistas protagonizados por parte da torcida da Lazio. A vítima foi o zagueiro brasileiro Juan, da Roma.
No Estádio Olímpico, a torcida da Lazio – conhecida pela perseguição a atletas negros – entoou cantos racistas no início do segundo tempo. “Nunca tinha acontecido aqui, nem na Alemanha nem no Brasil. Sinto muito porque antes do jogo fomos todos com a camisa contra o racismo”, comentou Juan.
Os gritos racistas da torcida uniformizada da Lazio quase provocaram a suspensão do clássico. Depois de a intolerância persistir nas arquibancadas durante vários minutos, apesar de o jogador brasileiro mandar os torcedores se calarem, o árbitro Mauro Bergonzi paralisou o dérbi, chamou o capitão da Lazio, Stefano Mauri, e advertiu-o de que o jogo, que estava empatado em 1 a 1, poderia ser suspenso.
A situação, sempre tensa quando as duas equipes se enfrentam em Roma, ficou mais complicada ainda. Nem Mauri conseguiu controlar os ânimos dos racistas da Lazio, que defendem o nazismo e o fascismo nas arquibancada dos estádios italianos. A gritaria só foi contida depois que os alto-falantes anunciaram que o clube seria responsabilizado pelo comportamento da torcida e consequentemente poderia sofrer várias punições.
Após alguns minutos, o bom senso acabou prevalecendo e o jogo voltou a ser disputado. No final, o capitão Mauri acabou marcando, de “carrinho”, o gol da vitória por 2 a 1.